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A Polícia Civil do Rio de Janeiro realiza, na manhã desta terça-feira (7), uma operação para desarticular um grande esquema de roubo de veículos comandado pelo Comando Vermelho. A ação mira tanto integrantes ativos quanto chefes da facção que, mesmo presos em unidades federais, continuam coordenando atividades criminosas. Entre os alvos estão Márcio Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, e Ricardo Chaves de Castro Lima, o Fu da Mineira.
Ao todo, 20 mandados de prisão foram expedidos pela 2ª Vara Especializada em Organização Criminosa do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ). A operação é conduzida por agentes da 53ª DP (Mesquita) e da 18ª DP (Praça da Bandeira).
Três chefes da organização, detidos no Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, também têm mandados cumpridos nesta operação:
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Ocimar Nunes Robert, conhecido como Barbosinha, preso no presídio Gabriel Ferreira Castilho (Bangu 3);
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William Sousa Guedes, o Corolla, também em Bangu 3;
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Juan Roberto Figueira da Silva, o Cocão, detido na unidade Pedro Mello da Silva.
Segundo as investigações, Cocão atuava como clonador de veículos nas comunidades Paula Ramos e do Prazeres, em Santa Teresa, chegando a pagar até R$ 5 mil por carro ou moto, o que estimulava a prática de roubos na Zona Norte da cidade.
O trabalho policial, que durou dois anos, aponta que os roubos na região da Tijuca ocorrem com a proteção do Comando Vermelho, utilizando comunidades dominadas pela facção para armazenar e clonar veículos. Para responsabilizar não apenas os autores imediatos, mas também a liderança da facção, os investigadores aplicaram a teoria jurídica do “domínio do fato”.
Conforme detalha o relatório encaminhado ao Ministério Público:
“Sinteticamente, pode-se afirmar que em toda favela dominada por traficantes, há um dono, criminosos que ocupam postos de baixo escalão. Há uma verdadeira escala hierárquica entre tais elementos que desenvolvem as condutas criminosas, de forma que os líderes da facção autorizam que tais condutas sejam desenvolvidas, observando sempre os interesses do todo (da facção), na sequência, os donos dos territórios autorizam da mesma forma o cometimento dos crimes.”