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Durante muito tempo, acreditou-se que o desejo sexual masculino estivesse diretamente relacionado aos níveis de testosterona. No entanto, um estudo recente indica que essa relação não é tão simples quanto parecia.
Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara, realizaram um estudo com 41 homens, coletando medições diárias tanto dos níveis de testosterona quanto do desejo sexual ao longo de 31 dias. Surpreendentemente, os cientistas não encontraram nenhuma evidência de que os homens experimentassem um desejo sexual maior nos dias em que seus níveis de testosterona estavam mais elevados.
Romantismo e Testosterona: A Conexão Surpreendente
Porém, o estudo revelou um dado interessante: quando homens solteiros interagiam com possíveis parceiros românticos, eles reportaram maiores esforços de cortejo nos dias em que seus níveis de testosterona estavam elevados. Isso sugere que a testosterona pode estar mais intimamente relacionada aos esforços de cortejo do que ao desejo sexual em si.
Os pesquisadores, cujos resultados foram publicados na revista Proceedings of the Royal Society B, indicam que as concentrações de testosterona têm mais a ver com a competição e os esforços de cortejo entre homens solteiros do que com o aumento do desejo sexual.
Implicações para Tratamentos de Baixo Desejo Sexual
O estudo questiona a ideia de que a testosterona seja uma solução eficaz para o baixo desejo sexual, uma suposição comum que leva muitos homens a buscarem a prescrição do hormônio. De acordo com os cientistas, seus achados sugerem que flutuações diárias no desejo sexual masculino não estão significativamente associadas às variações nos níveis de testosterona.
“Análises mostraram uma associação positiva entre os esforços de cortejo e os níveis de testosterona entre homens solteiros, especialmente em dias em que houve uma interação social direta com potenciais parceiros”, explicam os pesquisadores.
Esses resultados levantam a hipótese de que os altos níveis de testosterona podem ser mais úteis para estimular a competição romântica, e não para aumentar o desejo sexual propriamente dito. Além disso, os pesquisadores argumentam contra a prescrição de testosterona para tratar o baixo desejo sexual em homens cujos níveis do hormônio estão dentro da faixa considerada normal.
Em suma, o estudo desafia as ideias pré-concebidas sobre a testosterona e sua relação com o desejo sexual masculino. A pesquisa sugere que o hormônio pode ser mais influente no comportamento de cortejo do que no impulso sexual, trazendo novas perspectivas sobre como entendemos a motivação masculina em relacionamentos e interações românticas.