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Pessoas com síndrome de Down têm um risco significativamente maior de sofrer acidente vascular cerebral (AVC) e ataque cardíaco do que aquelas sem a condição genética, segundo um estudo recente. Publicada em 7 de maio no Journal of Internal Medicine, a pesquisa mostra que indivíduos com síndrome de Down têm 5,14 vezes mais chances de sofrer um AVC por hemorragia cerebral e mais de 4 vezes a probabilidade de ter um AVC causado por coágulo sanguíneo. O estudo também aponta que pessoas mais jovens com a síndrome apresentam risco aumentado de infarto.
“Os nossos resultados indicam que pessoas com síndrome de Down apresentam maior risco para determinados problemas cardiovasculares associados ao envelhecimento. Esse perfil de risco é diferente do observado na população em geral”, explicou Annie Pedersen, principal autora da pesquisa e pesquisadora da Universidade de Gotemburgo, na Suécia.
A síndrome de Down é caracterizada pela presença de uma cópia extra do cromossomo 21, o que afeta o desenvolvimento do corpo e do cérebro, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC). Nas últimas décadas, a expectativa de vida dessas pessoas aumentou de forma expressiva: de uma média de 25 anos no início dos anos 1980 para cerca de 60 anos em 2020. Com esse avanço, porém, surgem também maiores riscos de doenças cardíacas.
Os pesquisadores investigaram se as características genéticas da síndrome de Down poderiam influenciar de forma distinta os riscos cardiovasculares com o passar dos anos. O estudo acompanhou 5.200 pessoas com síndrome de Down nascidas na Suécia entre 1946 e 2000, comparando os riscos de AVC e infarto desse grupo com os da população geral do país. Os resultados sugerem que o risco aumentado de AVC exige atenção especial no acompanhamento e tratamento desses pacientes.
Segundo os cientistas, o maior risco de AVC por coágulos sanguíneos pode estar ligado à presença de doenças cardíacas congênitas ou diabetes, e não a obstruções arteriais. Já os AVCs por hemorragia cerebral podem estar associados a fatores como obesidade, colesterol elevado, sedentarismo e outros hábitos de vida pouco saudáveis.
