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Um novo vídeo divulgado nos últimos dias revela detalhes da confusão que levou o rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, à prisão no último dia 21. As imagens mostram o artista esmurrando uma viatura descaracterizada da Polícia Civil e participando de um ataque com pedras que impediu o cumprimento de um mandado de busca e apreensão contra um adolescente suspeito de tráfico e roubo.
A ação ocorreu por volta das 23h20, em frente à casa de Oruam, na Zona Oeste do Rio. Câmeras de segurança e vídeos feitos por testemunhas mostram o momento em que amigos do rapper são abordados e revistados por policiais. Dentro do veículo, estava o menor já apreendido. Quando os agentes tentaram deixar o local, foram surpreendidos por uma chuva de pedras arremessadas por um grupo que estava na sacada da casa do cantor, incluindo o próprio Oruam. Durante o tumulto, o adolescente conseguiu fugir, mas se entregou posteriormente às autoridades.
Um dos vídeos mostra o delegado Moisés Santana, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), e o oficial cartorário Alexandre Ferraz sendo atacados. Diante das agressões, um dos agentes chegou a sacar uma arma e apontar na direção do grupo na tentativa de contê-los. Um dos amigos de Oruam chegou a gritar: “Vai matar nós? Dá tiro aí”.
O ataque seguiu mesmo após os policiais tentarem deixar o local. A viatura foi novamente apedrejada e cercada por ao menos 17 pessoas, muitas delas com os cabelos tingidos de vermelho. Oruam tirou o casaco, ficou sem camisa e avançou contra o carro da Polícia Civil, desferindo diversos socos contra o vidro da janela do motorista. Dois seguranças tentaram contê-lo, mas não conseguiram impedi-lo. O artista também teria feito ameaças de morte aos agentes.
Oruam se entregou à polícia no dia seguinte e teve a prisão preventiva decretada. Ele responde por sete crimes e é investigado também por tentativa de homicídio.
Em nota divulgada após o episódio, o cantor alegou ter sido vítima de abuso de autoridade. Ele afirmou que as agressões só ocorreram depois que foi ameaçado com armas de fogo, inclusive fuzis, e criticou a entrada da polícia em sua residência fora do horário permitido para o cumprimento de mandados judiciais. Segundo ele, a ação foi preconceituosa e resultou na destruição de pertences seus e da noiva.