Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
Os incêndios já atingiram 400 mil hectares de cana-de-açúcar no Brasil, sendo que pelo menos 250 mil hectares foram queimados apenas no interior de São Paulo (SP). As queimadas, somadas à seca recorde no país, devem impactar tanto a oferta de açúcar no mercado interno quanto externo, além de provocar uma alta nos preços.
De acordo com projeções da consultoria SCA Brasil, especializada no agronegócio, os incêndios registrados desde julho, que se intensificaram em agosto no interior paulista, já resultaram em uma queda de 7,2% na produtividade dos canaviais.
Dos 400 mil hectares queimados, 55%, ou 220 mil hectares, são áreas de cana a colher, ou seja, canaviais ainda de pé. Os outros 45% referem-se a áreas onde já houve colheita e que seriam destinadas à rebrota.
A situação é agravada pela seca prolongada, que já dura mais de quatro meses. Além disso, fatores como temperaturas acima da média histórica, baixa umidade do ar e um inverno mais ameno impediram a expansão e renovação dos canaviais até o momento.
A consultoria também alerta que o cenário deve antecipar o encerramento da safra de cana, que provavelmente ocorrerá até outubro na maioria das regiões. A chegada das chuvas deve concentrar as renovações dos canaviais no período da entressafra.
Outro efeito da seca e dos incêndios é a diminuição da pureza do caldo de cana, o que reduz tanto a produção quanto a qualidade do produto, impactando diretamente a oferta de açúcar nos próximos meses.
Paralelamente, houve um aumento de 1,5% na produção de etanol, o que prejudicou ainda mais a produção de açúcar. A SCA projeta uma redução no mix de açúcar entre 1,5% e 2% no saldo remanescente da safra.