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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (14) que a taxação de BBB – bancos, bets (casas de apostas) e bilionários só é considerada injusta “na cabeça das pessoas desinformadas”. As declarações foram feitas durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, presidida pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Haddad comentou sobre a derrubada da Medida Provisória 1.303, que previa aumento de impostos sobre casas de apostas e fintechs, além de tributar títulos que hoje são isentos, como LCIs e LCAs. A medida poderia gerar R$ 17 bilhões em receitas para o governo em 2026.
“Eu acredito que vai haver, daqui para o final do ano, uma compreensão de que temos um orçamento encaminhado dia 31 de agosto com alguns pressupostos. E a MP 1.303 era um pressuposto importante, e que, vamos combinar, era muito justa”, disse Haddad.
O ministro afirmou que já recebeu sinais positivos de parlamentares para “corrigir” a derrubada da MP e pretende tratar do assunto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ajustar o orçamento do próximo ano.
Haddad também defendeu a taxação de setores específicos, comparando com outras sobretaxações já existentes no país:
“Ninguém acha injusto sobretaxar cigarro. Ninguém acha injusto sobretaxar bebida. No mundo inteiro é assim. Os setores que produzem externalidades muito negativas para a sociedade […] são sobretaxados no mundo inteiro. O Brasil é até tímido na sobretaxação”, afirmou.
O ministro ressaltou que a medida visava tornar a cobrança de impostos mais justa, corrigindo distorções e garantindo que setores mais lucrativos contribuam de maneira proporcional para o orçamento público.