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“Acredito que estamos perto disso. É fácil de entender. Se você perguntar a qualquer jogador, ele dirá o mesmo. É uma opinião geral entre os jogadores”, foram as palavras de Rodrigo Hernández. O espanhol acendeu a discussão sobre uma possível medida drástica por parte dos atletas devido à quantidade de partidas que têm que disputar ao longo do ano. A polêmica já está instalada, e o Mundial de Clubes do próximo ano foi o estopim para essa controvérsia. A partir disso, Pep Guardiola e Carlo Ancelotti foram consultados sobre o assunto e se posicionaram ao lado dos jogadores.
“Talvez pela primeira vez, muitas vozes estão se manifestando sobre os jogadores. Estou bastante seguro de que, se algo for mudar, será por causa dos futebolistas”, refletiu o técnico do Manchester City. O catalão foi uma das vozes críticas em relação ao calendário apertado e afirmou várias vezes — desde 2022, junto com Jürgen Klopp — que a agenda precisa ser alterada. “Este negócio pode funcionar sem treinadores, diretores esportivos, mídia ou proprietários, mas sem jogadores não dá para jogar. Apenas eles têm o poder para mudar isso”, sentenciou.
Por sua vez, o treinador do Real Madrid também se mostrou alinhado com Guardiola. “O futebol precisa refletir, pois o objetivo é tentar jogar menos partidas para evitar lesões”, repetiu o italiano, visivelmente irritado com a situação. “Acredito que os jogadores não teriam problemas em reduzir seus salários se jogassem menos”, opinou Carletto.
“Essa temporada não vai mudar. A reclamação dos treinadores e dos jogadores não vai alterar o calendário nesta temporada. É importante refletir sobre isso, que organismos importantes como UEFA, La Liga e FIFA estejam pensando que os jogadores estão se cansando”, argumentou o líder esportivo do Merengue.
A FIFPro, organização que defende os direitos dos jogadores, ameaçou em julho iniciar ações legais contra a entidade máxima do futebol por “abuso de poder”. O sindicato afirma que o limite de partidas para manter o bem-estar físico e mental dos atletas está entre 50 e 60 jogos por temporada.
Esses números estão longe da realidade atual. Por exemplo, o Manchester City pode jogar até 76 partidas, incluindo Premier League, UEFA Champions League, FA Cup, Copa da Liga (Carabao Cup), Mundial de Clubes e a Community Shield. Além disso, devem ser somadas as convocações internacionais dos jogadores com suas seleções, que ocorrem frequentemente ao longo do ano.
O tema foi um denominador comum nas entrevistas na semana em que começou a Champions League, com um novo formato que adicionou mais algumas partidas ao já desgastante calendário. “Não estamos sendo ouvidos” e “não há equilíbrio” foram algumas das frases expressadas, por exemplo, pelos goleiros Alisson Becker e Thibaut Courtois.
A temporada continua com as diferentes competições. O calendário oficial europeu se encerrará entre 15 de junho e 13 de julho do próximo ano, período em que será realizado o novo campeonato imposto pela FIFA: o Mundial de Clubes.