Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
Em entrevista ao site g1, o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, afirmou que vai apresentar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) uma série de medidas para proteger os beneficiários do Bolsa Família do vício em apostas esportivas online, as bets.
“Não podemos demonizar o programa, ele retirou mais de 24 milhões de pessoas da situação de pobreza, mas precisamos proteger os beneficiários do vício do jogo”, afirmou Wellington Dias. “Por isso, vamos propor ao presidente que o cartão do programa, que é de débito, tenha um limite zero para uso em pagamento de jogos”, completou.
“As famílias têm outras rendas, hoje isso é possível dentro do nosso programa, então ela tem liberdade para isso. O que vamos acompanhar é se as famílias estão se endividando com jogos e não usando o dinheiro para alimentar seus familiares”, acrescentou Dias.
O ministro lembrou na entrevista que, desde agosto, quando o Ministério da Fazenda passou a obrigar que o apostador registre seu CPF nos jogos, passou a ser possível fazer o cruzamento com o cadastro único do Bolsa Família.
“Agora temos condições de checar se um beneficiário do programa está gastando todo seu dinheiro com apostas online. Se isso estiver ocorrendo, poderemos mudar o titular do programa”, afirmou Dias.
O ministro de Lula ainda disse que o Ministério da Saúde irá desenvolver programas de tratamento para atender pessoas que tenham compulsão pelos jogos. “Podemos checar isso nos Cras [Centro de Referência de Atendimento Social], no acompanhamento das famílias, e buscar convencer essas pessoas a fazer um tratamento, que está sendo montado pela equipe da ministra Nísia Trindade”, afirmou.
A reunião de Lula para discutir o tema está agendada para esta quarta-feira (02). O encontro também abordará a publicidade dos sites de apostas, com o objetivo de estabelecer restrições que evitem a promoção de uma compulsão por jogos entre os brasileiros.
“Vamos mudar a publicidade, como uma campanha educativa, e não deixar que as pessoas sejam empurradas para a compulsão, como já foi feito com o cigarro”, finalizou Dias.