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O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) protocolou uma representação solicitando a suspensão do pagamento de benefícios sociais a pessoas que apostam em jogos de azar, incluindo apostas esportivas online, as famosas ‘bets’.
Além disso, o MP pede que o tribunal declare ilegal o uso de cartões sociais, como o Bolsa Família, para fins de apostas.
A iniciativa é assinada pelo subprocurador-geral do MP, Lucas Rocha Furtado. Em resposta, o presidente do TCU, Bruno Dantas, já planejava uma “mega-auditoria” para investigar os impactos negativos das apostas na eficácia das políticas públicas.
O senso de urgência aumentou após o Banco Central divulgar dados alarmantes: apenas em agosto deste ano, beneficiários do Bolsa Família gastaram aproximadamente R$ 3 bilhões por meio de transferências via PIX. Diante disso, os técnicos do TCU intensificarão a análise.
Conforme o documento apresentado, a média gasta pelos beneficiários do programa social com apostas foi de R$ 100. Dentre os apostadores, 4 milhões (70%) são chefes de família — os reais destinatários do benefício — que transferiram R$ 2 bilhões (67%) para as plataformas de apostas via PIX.