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A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou neste sábado (14) que o Brasil enfrenta o que chamou de “terrorismo climático”. Durante um evento político em São Carlos, no interior de São Paulo, a ministra destacou a gravidade da crise ambiental, apontando que há uma combinação entre o crime e a emergência climática.
“Parece que há uma aliança do crime com a emergência climática”, declarou Marina, ressaltando que, apesar da proibição nacional do uso do fogo, há grupos que aproveitam as altas temperaturas e a baixa umidade para iniciar incêndios criminosos. “Há uma proibição em todo o território nacional do uso do fogo, mas existem aqueles que estão fazendo um verdadeiro terrorismo climático usando a temperatura alta e a baixa umidade e ateando o fogo no nosso país, prejudicando a saúde das pessoas, a biodiversidade, destruindo as florestas.”
A ministra também denunciou a intenção por trás dessas ações, reforçando o impacto devastador dos incêndios. “Não é possível que, diante de uma das maiores secas da história no nosso continente e no nosso país, as pessoas continuem colocando fogo. Isso causa um grande mal à saúde pública, ao meio ambiente, aos nossos sistemas produtivos e só agrava o problema da mudança do clima”, afirmou Marina.
Diante desse cenário crítico, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, autorizou neste domingo (15) a abertura de créditos extraordinários para intensificar o combate aos incêndios na Amazônia e no Pantanal. A decisão permite que recursos financeiros sejam liberados sem as limitações impostas pelo arcabouço fiscal, garantindo ações mais rápidas e eficientes contra as queimadas.
A medida possibilita que o governo federal encaminhe ao Congresso Nacional uma medida provisória (MP) com os valores destinados ao combate aos incêndios. A decisão se assemelha à MP que liberou R$ 12,2 bilhões para auxiliar os municípios do Rio Grande do Sul afetados pelas fortes chuvas em maio deste ano.
“Não podemos negar o máximo e efetivo socorro a mais da metade do nosso território, suas respectivas populações e toda a flora e fauna da Amazônia e Pantanal, sob a justificativa de cumprimento de uma regra contábil não constante na Carta Magna”, destacou Flávio Dino em sua decisão.