O Supremo Tribunal Federal (STF) agendou o julgamento dos recursos apresentados pelo empresário Roberto Mantovani Filho para o período de 16 a 23 de fevereiro. Ele é suspeito de agredir o filho do ministro Alexandre de Moraes, da Suprema Corte, durante uma discussão no Aeroporto de Roma, na Itália. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (1º) pelo colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles.
O julgamento ocorrerá no plenário virtual, onde não há debate entre os ministros, e os votos são inseridos diretamente no sistema eletrônico do STF. A sessão de 16 de fevereiro começará com o voto do relator, o ministro Dias Toffoli.
A agressão teria partido de Roberto Mantovani, acompanhado de sua esposa, Andrea Munarão. Mantovani e sua família são alvo de investigação por suposta injúria e agressão física contra Moraes e sua família, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), instigada pelo próprio Moraes.
Na versão de Moraes, ele foi hostilizado por brasileiros no Aeroporto de Fiumicino, em Roma, em 14 de junho, quando retornava ao Brasil. O ministro alega que o grupo o ofendeu e agrediu fisicamente seu filho, recebendo um tapa no rosto.
A Polícia Federal (PF), nos dois dias subsequentes ao incidente, identificou três pessoas envolvidas na briga e realizou buscas nas residências do casal Roberto Mantovani Filho e Andrea Munarão, além do genro Alex Zanatta.
O inquérito da PF, que investiga o episódio no aeroporto de Roma, reconstruiu a dinâmica do ocorrido. Segundo a corporação, Roberto Mantovani “aparentemente” atingiu o filho de Moraes, Alexandre Barci, com as costas da mão, enquanto as imagens indicam que o casal provocou o tumulto.
Entretanto, um relatório da polícia italiana, anexado à investigação, sugere que Roberto Mantovani tocou “levemente” nos óculos de Alexandre Barci. Em depoimento, Moraes relatou que seu filho recebeu um “tapa” do empresário.
