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O funeral do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, foi realizado no Catar nesta sexta-feira (02) após seu assassinato 2 dias antes em Teerã, capital do Irã. O assassinato faz parte de uma série de mortes de figuras importantes do grupo terrorista palestino, ocorrendo em meio à guerra entre Israel e o Hamas em Gaza
A cerimônia, realizada em uma grande mesquita ao norte da capital Doha, contou com a presença de Khaled Meshaal, cotado para assumir a liderança do Hamas, além de outras autoridades graduadas do grupo e do Emir do Catar, Tamim bin Hamad al-Thani.
Ismail Haniyeh seria enterrado em um cemitério na cidade de Lusail, ao norte de Doha.
O caixão de Haniyeh, coberto com a bandeira palestina, foi carregado por centenas de pessoas na mesquita, acompanhado pelo caixão de seu guarda-costas, que também foi morto no ataque em Teerã na quarta-feira, dia 31.
Haniyeh foi morto por um míssil que o atingiu diretamente em uma pousada em Teerã, onde estava hospedado, conforme relatado pelo oficial sênior do Hamas, Khalil Al-Hayya, em uma coletiva de imprensa, citando testemunhas presentes.
Tanto o Irã quanto o Hamas acusaram Israel de ser responsável pelo assassinato e prometeram retaliar. Israel não assumiu a responsabilidade pela morte, nem a negou.
O ataque foi um dos vários que resultaram na morte de figuras importantes do Hamas ou do grupo terrorista libanês Hezbollah, aumentando a preocupação de que a guerra em Gaza entre Israel e os militantes palestinos esteja se transformando em um conflito regional, abrangendo desde o Mar Vermelho até a fronteira Líbano-Israel e além.
Nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden afirmou que a morte de Haniyeh não contribui para os esforços internacionais em busca de um cessar-fogo na guerra em Gaza, que está em seu décimo mês.
O Catar, junto com o Egito e os Estados Unidos, o principal aliado de Israel, tem liderado os esforços de paz. Haniyeh era o representante da diplomacia internacional do Hamas durante a guerra em Gaza e participou das negociações indiretas de cessar-fogo. Ele era considerado um moderado em comparação com os membros mais linha-dura do grupo apoiado pelo Irã dentro de Gaza, embora alguns israelenses o vissem como um obstáculo para um acordo.
Nomeado para o cargo mais alto do Hamas em 2017, Haniyeh se movia entre a Turquia e Doha para evitar as restrições de viagem da Faixa de Gaza.