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Diosdado Cabello, ministro do Interior do regime chavista na Venezuela, informou nesta terça-feira que as autoridades detiveram um quarto cidadão norte-americano supostamente envolvido em um plano para assassinar o presidente Nicolás Maduro.
“Foi capturado mais um cidadão de origem norte-americana (…), nós já o estávamos monitorando. Ele foi preso aqui em Caracas tirando fotos de instalações elétricas, instalações petrolíferas e unidades militares”, afirmou Cabello durante uma sessão na Assembleia Nacional. “Tenham certeza de que esse indivíduo faz parte do plano contra a Venezuela: assassinar o presidente Nicolás Maduro, a vice-presidenta Delcy Rodríguez e a mim”, declarou.
No sábado, Cabello já havia anunciado a prisão de outros três cidadãos norte-americanos, além de dois espanhóis e um tcheco, acusados de participar de um plano para “desestabilizar” o país e de serem agentes de inteligência de seus respectivos países.
Essas detenções ocorrem em meio ao aumento das tensões entre Venezuela, Estados Unidos e Espanha, após a reeleição contestada de Maduro, marcada por denúncias de fraude.
Os governos dos países envolvidos solicitaram informações sobre o paradeiro dos detidos, cujas acusações e locais de prisão ainda não foram revelados.
“Estão perguntando onde estão as pessoas deles, o que estamos fazendo de errado com elas. Nós respeitamos os direitos humanos, e eles estão sob custódia das autoridades venezuelanas em um local seguro”, disse Cabello.
“Terroristas”
Maduro rotulou os dois espanhóis detidos como “terroristas”, acusando-os de estarem ligados ao Centro Nacional de Inteligência (CNI) da Espanha e de fazerem parte de uma operação de desestabilização contra seu governo.
No programa semanal “Con Maduro +”, transmitido pela emissora estatal VTV, o líder chavista afirmou que os dois espanhóis são “agentes secretos” do CNI e desacreditou as alegações de seus pais de que estavam na Venezuela como turistas, após visitarem a Colômbia.
Maduro afirmou que os espanhóis “foram capturados, confessaram e há provas claras das ações que planejavam dentro da Venezuela para assassinar pessoas, colocar bombas, etc.”
“Agora dizem que eram bons rapazes, turistas, que estavam apenas passeando e foram capturados”, comentou Maduro, insinuando, sem apresentar provas, que “é muito suspeito” o CNI espanhol realizar operações contra a Venezuela.
Cabello também acusou o CNI de ser um “ente totalmente autônomo”, vinculado ao Ministério da Defesa da Espanha, que “realiza operações no mundo inteiro sob as ordens da CIA (Agência Central de Inteligência dos EUA)”.
O Ministério das Relações Exteriores da Espanha já negou qualquer envolvimento do país em uma “operação de desestabilização política” na Venezuela e refutou “categoricamente qualquer insinuação” nesse sentido, após o regime venezuelano afirmar que a Espanha estaria fornecendo mercenários para uma suposta operação coordenada pelos Estados Unidos.
(Com informações de AFP e EFE)