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Pelo menos 15 pessoas morreram e 113 permanecem desaparecidas após deslizamentos de terra que soterraram 40 casas em seis vilarejos no leste de Uganda, informaram as autoridades policiais nesta quinta-feira (28). Além disso, outras 15 pessoas ficaram feridas, sendo resgatadas e levadas ao Centro de Saúde de Buluganya.
A Polícia está colaborando na região com a Cruz Vermelha e outras equipes de resposta a emergências para lidar com a situação.
A Sociedade da Cruz Vermelha de Uganda informou nesta quinta-feira que 13 corpos haviam sido recuperados após os deslizamentos de terra, e os esforços de resgate continuam. De acordo com reportagens da mídia local, as autoridades estimam que o número de vítimas fatais pode chegar a 30 mortos.
A intensa chuva atingiu o distrito montanhoso de Bulambuli, a 280 quilômetros a leste de Kampala, a capital de Uganda, provocando deslizamentos de terra na noite de quarta-feira. O desastre afetou várias localidades, incluindo Masugu, Namachele, Natola, Nmagugu e Tagalu, situadas na mesma região, perto da fronteira com o Quênia.
Segundo autoridades locais, uma escavadeira será enviada para apoiar as tarefas de resgate; no entanto, as estradas estão bloqueadas pelo barro, e as chuvas continuam.
A área afetada cobre cerca de 50 acres, com casas e terras agrícolas distribuídas ao longo da encosta.
Em imagens divulgadas pela Cruz Vermelha e pelas autoridades ugandesas nas redes sociais, é possível ver um enorme torrente de água com um veículo preso, árvores arrancadas das raízes e casas arrasadas.
Além disso, foram divulgadas fotos e vídeos de pessoas trabalhando para cavar entre o barro em busca de possíveis vítimas. Algumas casas foram completamente enterradas, enquanto outras deixavam apenas os telhados visíveis.
De acordo com o jornal Daily Monitor, a maioria dos corpos recuperados até o momento são de crianças.
Irene Muloni, deputada pelo distrito de Bulambuli, declarou que o governo planeja realocar os moradores das áreas mais vulneráveis aos deslizamentos de terra.
“As quedas de água estão por toda parte e a chuva é excessiva. Eles devem evacuar as pessoas imediatamente”, acrescentou Muloni, fazendo um apelo para que todos busquem abrigo com seus familiares e “abandonem este lugar perigoso”.
Na quarta-feira, o escritório do primeiro-ministro emitiu um alerta de desastre, apontando que as fortes chuvas em todo o país haviam bloqueado as principais vias.
O leste da África já havia enfrentado fortes precipitações na primeira metade de 2024, durante a temporada habitual de chuvas longas, que geralmente vai de março a maio.
Neste ano, a intensidade das chuvas foi agravada pelo fenômeno de El Niño, uma alteração nas dinâmicas atmosféricas causada pelo aumento da temperatura no Oceano Pacífico.
Em maio passado, as Nações Unidas informaram que pelo menos 473 pessoas haviam perdido a vida, 410.350 haviam sido deslocadas e 1,6 milhão de pessoas foram afetadas pelas chuvas torrenciais e inundações que atingiram vários países da África Oriental, como Quênia, Tanzânia, Somália, Etiópia, Uganda e Burundi.
(Com informações da AP e EFE)