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Um ataque russo com mísseis balísticos e hipersônicos atingiu a capital ucraniana, Kiev, nesta sexta-feira (20), deixando pelo menos um morto e três feridos. Segundo o chefe da Administração Militar, Sergiy Popko, os mísseis utilizados incluíram modelos Kinzhal e Iskander, e o ataque ocorreu às 7h00 da manhã, horário local (0500 GMT).
“Segundo informações preliminares, uma pessoa foi assassinada”, informou Popko através do Telegram.
O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, detalhou que os danos causados pelo ataque incluem incêndios em veículos e edifícios em pelo menos quatro áreas da cidade.
“Como resultado do ataque inimigo, duas pessoas foram hospitalizadas. Os serviços de emergência estão trabalhando em todas as áreas afetadas”, comunicou Klitschko também pelo Telegram.
O ataque ocorreu após um aviso da força aérea ucraniana sobre a iminência de um bombardeio com mísseis balísticos vindos do norte. “Mísseis balísticos vindos do norte!”, alertaram em uma mensagem no Telegram momentos antes do impacto.
Este bombardeio coincide com as recentes declarações do presidente russo, Vladimir Putin, que sugeriu um “duelo tecnológico” sobre Kiev para testar a eficácia de seu novo míssil hipersônico Oreshnik, apresentado como resistente às defesas aéreas.
Além dos ataques na capital ucraniana, as autoridades informaram sobre bombardeios na cidade portuária de Kherson, onde uma pessoa morreu e seis ficaram feridas.
Resposta da Defesa Russa
Por sua vez, o Ministério da Defesa da Rússia reconheceu nesta quinta-feira danos em uma fábrica química na região sul de Rostov, devido a um novo ataque ucraniano com mísseis ocidentais de longo alcance.
Segundo o relatório militar, o ataque foi realizado na quarta-feira com seis mísseis americanos ATACMS e quatro Storm Shadow britânicos, um dos quais danificou um dos edifícios da planta.
A Defesa precisou que nove dos dez mísseis lançados por Kiev foram abatidos pelas defesas antiaéreas do país.
Ao mesmo tempo, prometeu não deixar sem resposta o novo ataque de Kiev, apoiado por países ocidentais.
Situação Atual e Declarações de Zelensky
Segundo meios ucranianos, a fábrica atacada em Rostov produzia, entre outras coisas, combustível para mísseis russos usados na Ucrânia.
Na semana passada, a Rússia realizou um ataque massivo contra o sistema energético ucraniano em resposta ao lançamento de seis mísseis ATACMS contra um aeródromo no sul da Rússia.
Este foi o quinto ataque com ATACMS contra território russo confirmado pelas autoridades desde meados de novembro.
Kiev lançou pela primeira vez esses mísseis contra alvos em território russo no dia 19 de novembro, ao que Moscou respondeu dois dias depois disparando o novo míssil balístico hipersônico Oreshnik (Avellano) contra uma fábrica militar ucraniana.
Garantias de Segurança
Entretanto, o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, afirmou nesta quinta-feira que as garantias de segurança que os países europeus possam oferecer à Ucrânia contra a Rússia “não serão suficientes” e deixou claro que deverá ser a OTAN a fornecer essas garantias.
Zelensky se expressou assim após participar da cúpula de líderes da União Europeia realizada nesta quinta-feira em Bruxelas, na qual os Vinte e Sete instaram a intensificar o apoio militar a Kiev, ao mesmo tempo em que apostaram por uma paz “justa” para a Ucrânia.
“Acredito que as garantias europeias não serão suficientes para a Ucrânia”, indicou Zelensky em uma coletiva de imprensa, acrescentando que “a verdadeira garantia, em qualquer caso, agora ou no futuro, será a OTAN”, que se baseia em decisões tomadas principalmente por países europeus e Estados Unidos.
Sobre a possibilidade de desdobrar tropas de paz estrangeiras na Ucrânia, Zelensky manifestou apoio à “iniciativa” do presidente francês, Emmanuel Macron, mas assegurou que precisa conhecer “todos os detalhes sobre este contingente militar”.
“Dissemos que poderia ser parte das garantias de segurança. Não é necessário dizer que a OTAN é a melhor garantia de segurança para a Ucrânia, e, obviamente, até que a Ucrânia seja membro da OTAN, esse aspecto pode ser considerado como uma alternativa”, comentou.
Ressaltou que seria necessário saber quantos soldados fariam parte desse contingente ou o que fariam em caso de um ataque russo.
“Muitas questões estão sendo levantadas. Estamos debatendo-as”, concluiu.
(Com informações da EFE)