Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
Nos últimos dias, as autoridades palestinas afirmam que os ataques israelenses se intensificaram, mas as negociações entre Israel e o Hamas foram retomadas no fim de semana no Catar, com o objetivo de alcançar um acordo de cessar-fogo e garantir a libertação dos reféns mantidos em Gaza.
Representantes do grupo terrorista palestino Hamas informaram que uma lista com 34 reféns israelenses foi aprovada, mas o Governo Netanyahu declarou não saber as condições em que se encontram as pessoas em cativeiro.
No domingo (05), um representante do Hamas afirmou que o movimento aceitou libertar 34 prisioneiros israelenses de uma lista fornecida por Israel, como parte da primeira fase de um acordo de troca de prisioneiros. A mesma fonte detalhou que a lista, divulgada por alguns meios de comunicação, inclui mulheres, doentes, crianças e idosos. “O Hamas e os grupos de resistência precisam de cerca de uma semana de calma para se comunicar com os raptores e identificar os vivos ou mortos”, acrescentou.
O gabinete de Netanyahu contestou essas informações, afirmando que não recebeu nenhuma lista do Hamas, e que a lista publicada nos meios de comunicação foi fornecida por Israel aos mediadores em julho de 2024. Horas depois, o governo israelense emitiu nova declaração, reiterando que ainda não recebeu confirmação do Hamas sobre as condições dos reféns. “Não está claro quantos dos reféns mencionados na lista continuam vivos, nem qual o estado de saúde em que se encontram”, afirmou o governo israelense. A lista inclui dez mulheres e 11 homens mais velhos, com idades entre 50 e 85 anos, além de crianças que, segundo o Hamas, foram mortas em um ataque aéreo israelense. Algumas autoridades palestinas também afirmam que há reféns doentes na lista.
A divulgação dos nomes dos reféns pelo Hamas é vista como uma tentativa de aumentar a pressão pública sobre o governo israelense. As negociações de cessar-fogo foram retomadas em Doha, mas não houve progressos significativos até o momento. Espera-se que o chefe da Mossad, David Barnea, vá a Doha nesta segunda-feira para continuar o diálogo. Netanyahu se reuniu com ministros e membros da equipe de negociação para discutir o andamento das conversações, que, de acordo com um funcionário israelense, são consideradas “promissoras”.
Nos últimos dias, representantes do Hamas também se referiram ao resultado positivo das conversações, destacando que elas se encontram em um “ponto de viragem”. No entanto, um representante do Hamas declarou à Reuters que qualquer acordo para a devolução dos reféns israelenses dependerá de um entendimento para a retirada de Israel de Gaza e a implementação de um cessar-fogo permanente ou até mesmo o fim da guerra. “Até agora, as forças de ocupação continuam obstinadas em chegar a um acordo sobre as questões do cessar-fogo e da retirada, e não deram nenhum passo”, afirmou a autoridade.
Israel e o Hamas se acusam mutuamente de bloquear o progresso das negociações de cessar-fogo. Israel insiste que a lista de reféns vivos e mortos é essencial para avançar nas conversações, mas o Hamas argumenta que, sem uma trégua, não pode obter essas informações, pois não consegue manter comunicação com os diversos grupos que operam na Faixa de Gaza.
Esse novo esforço para alcançar uma trégua ocorre dias antes da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. “Queremos muito concluir isso nas próximas duas semanas, o tempo que nos resta”, disse o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em entrevista à imprensa na Coreia do Sul.
Em quase 15 meses de guerra, as partes chegaram a um acordo de trégua de uma semana no final de novembro de 2023, no qual foram trocados 105 reféns por 240 prisioneiros palestinos, além de uma pausa nos combates. Dos 251 reféns capturados pelo Hamas em 7 de outubro, 96 permanecem em Gaza – 34 deles confirmados como mortos. Outros 117 foram capturados com vida, sendo apenas oito durante operações militares, e 38 corpos foram resgatados pelas tropas israelenses no enclave.