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A União Europeia (UE) concordou em renovar as sanções econômicas contra a Rússia devido à invasão da Ucrânia, uma decisão que exigia unanimidade e que ficou bloqueada até o último momento pelas exigências da Hungria. A medida, confirmada pela alta representante da UE para Assuntos Exteriores e Segurança, Kaja Kallas, estende as restrições em vigor além do dia 31 de janeiro.
“Os ministros de Relações Exteriores da UE acabaram de acordar a prorrogação das sanções à Rússia. Isso continuará a privar Moscovo de receitas para financiar sua guerra”, escreveu Kallas nas redes sociais, reiterando que a Rússia deve assumir as consequências da invasão e os danos causados.
O bloqueio húngaro foi resolvido após uma reunião extraordinária, na qual a Comissão Europeia e os Estados membros garantiram a Budapeste a segurança das infraestruturas energéticas essenciais para seu abastecimento, incluindo gasodutos e oleodutos. “A segurança energética da Hungria está garantida”, afirmou o ministro das Relações Exteriores húngaro, Peter Szijjarto, que destacou que a declaração acordada reflete a importância estratégica dessas infraestruturas para toda a UE.
As sanções europeias contra a Rússia foram implementadas inicialmente em 2014, após a anexação da Crimeia, e foram ampliadas progressivamente desde o início da guerra em larga escala em 2022. Elas incluem o congelamento de ativos de pessoas e empresas russas, bem como restrições comerciais e financeiras.
No âmbito setorial, as sanções abrangem energia, exportações tecnológicas e o acesso a mercados internacionais. Além disso, a UE congelou ativos russos em território europeu, cujos rendimentos são destinados a financiar a defesa e a reconstrução da Ucrânia. Ao todo, o bloco comprometeu 18,1 bilhões de euros em assistência econômica para Kiev, em colaboração com os países do G7.
Atualmente, a UE trabalha em um décimo sexto pacote de sanções, cujo anúncio pode coincidir com o terceiro aniversário do início da invasão russa no final de fevereiro.
Da Finlândia, a ministra das Relações Exteriores, Elina Valtonen, apoiou a prorrogação das sanções e destacou seu impacto na economia russa, afirmando que são essenciais para pressionar o presidente russo, Vladimir Putin, a negociar. “Queremos paz, mas isso significa que precisamos que Putin esteja na mesa de negociações. Para conseguir isso, as sanções funcionam, e a economia russa realmente não vai bem neste momento”, declarou Valtonen ao chegar ao Conselho.
A extensão das sanções reflete a estratégia conjunta dos Estados membros da UE, que buscam limitar os recursos econômicos da Rússia e, ao mesmo tempo, apoiar a Ucrânia em sua resistência militar e reconstrução.
(Com informações de EFE e Europa Press)
