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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, realizaram uma coletiva de imprensa no Salão Oval da Casa Branca antes de uma reunião privada. Trump demonstrou confiança na possibilidade de alcançar um acordo para a segunda fase da trégua e avançar com a liberação dos reféns israelenses em Gaza, apesar das tensões no governo israelense.
“Por que não se conseguiria um acordo? Um acordo pode ser alcançado, veremos o que acontece”, disse Trump. Ele minimizou a ameaça dos aliados de extrema direita de Netanyahu de derrubar o governo caso a ofensiva não seja retomada após a fase atual do conflito. “Estamos lidando com pessoas muito complicadas, mas um acordo certamente pode ser alcançado”, afirmou.
Netanyahu reafirmou seu compromisso com a liberação de todos os reféns, mas destacou outros objetivos na guerra contra o Hamas. “Apoio a liberação de todos os reféns e o cumprimento de todos os nossos objetivos de guerra. Isso inclui destruir as capacidades militares e governamentais do Hamas e garantir que Gaza nunca mais represente uma ameaça para Israel”, declarou.
Durante o encontro com a imprensa, Trump afirmou que a Arábia Saudita não exige o reconhecimento de um Estado palestino como condição para normalizar as relações com Israel. Quando questionado diretamente, Trump respondeu: “Não, eles não estão fazendo isso.” Em relação a um caminho para um Estado palestino, Trump comentou que “todos estão pedindo uma coisa: paz.”
Trump elogiou Netanyahu, afirmando que Israel tem o “líder certo” para avançar em um acordo de normalização com a Arábia Saudita. “Netanyahu está fazendo um ótimo trabalho”, disse Trump, lembrando que são “amigos há muito tempo.”
Trump evitou reafirmar seu apoio à solução de dois Estados, uma postura que apoiou em seu primeiro mandato. “Bem, muitos planos mudam com o tempo. Houve muitas mortes desde que saí e agora voltei”, comentou Trump. Ele observou que o contexto atual é “em alguns aspectos melhor, em outros pior.”
Trump também criticou a liberação de prisioneiros palestinos com histórico de violência como parte dos acordos de troca. “Isso é algo horrível. Eu não esqueceria. Não se pode esquecer. Algumas pessoas querem deixar isso no passado, mas não podemos permitir que isso aconteça”, afirmou. Referindo-se aos ataques de 7 de outubro, Trump destacou que “muitas pessoas querem fingir que não aconteceu, mas aconteceu.”
Apoio ao Reassentamento Permanente de Palestinos
Trump declarou apoio à reubicacão permanente dos palestinos da Faixa de Gaza para Jordânia, Egito e outros países da região. Ele expressou a intenção de alcançar um acordo para “reasentar permanentemente as pessoas em lares agradáveis, onde possam ser felizes e não serem alvejadas ou assassinadas.”
Ao ser questionado sobre o direito dos palestinos de retornarem a Gaza caso aceitem o reassentamento, Trump respondeu: “Por que eles quereriam voltar? Esse lugar tem sido um inferno. Um dos lugares mais duros e difíceis do mundo. Neste momento, vi todas as imagens de todos os ângulos. Ninguém pode viver lá.”
As declarações de Trump surgem em um contexto de conflito em Gaza, onde a ofensiva israelense causou uma crise humanitária, com deslocamentos em massa e devastação na região. Egito e Jordânia rejeitaram a possível reubicacão de palestinos em seus territórios.
