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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demitiu o inspetor-geral da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Paul Martin, na terça-feira (data local), de forma abrupta. A decisão ocorre no momento em que vieram à tona documentos revelando que a polêmica agência financiou os estudos universitários de um terrorista ligado aos ataques de 11 de Setembro de 2001.
Martin, que ocupava o cargo desde 2023, foi informado sobre sua demissão por meio de um e-mail enviado por um representante da Casa Branca. O documento indicava que sua exoneração era “com efeito imediato”, mas não apresentava uma justificativa para a decisão. A Casa Branca se recusou a comentar o caso.
A demissão acontece apenas um dia após o escritório de Martin divulgar um relatório criticando a decisão de Trump de congelar os fundos da USAID. O documento apontava que a agência desperdiçou bilhões de dólares em programas considerados ineficazes nos últimos anos.
O relatório também indicava que os cortes de pessoal e ordens de interrupção de trabalho impostas pela administração Trump dificultaram a fiscalização de aproximadamente US$ 8,2 bilhões em auxílio não utilizado. Segundo o documento, tais medidas comprometeram a capacidade da USAID de garantir que os fundos públicos fossem destinados corretamente.
Paralelamente à exoneração de Martin, documentos obtidos pela rede Fox News revelaram que a USAID custeou os estudos do jihadista nascido nos EUA, Anwar al-Awlaki, na Universidade Estadual do Colorado, em 1990. Al-Awlaki, que mais tarde se tornaria um dos principais recrutadores da Al-Qaeda, mentiu em sua aplicação ao declarar que nasceu no Iêmem, e não no Novo México, para obter financiamento federal.
Na época, ele recebeu mais de US$ 27 mil para cursar engenharia civil, concluindo sua graduação em 1994. Posteriormente, tornou-se professor de Islã em diversas mesquitas nos EUA, onde autoridades acreditam que tenha radicalizado e recrutado terroristas. Em 2011, o então presidente Barack Obama ordenou um ataque aéreo que resultou na morte de al-Awlaki no Iêmem.
Na terça-feira, Trump usou as redes sociais para criticar a USAID, chamando a agência de “incompetente e corrupta”. Ele havia determinado o congelamento da maioria dos fundos de ajuda externa administrados pela agência desde 20 de janeiro. Além disso, delegou ao bilionário Elon Musk a missão de reduzir significativamente o tamanho da instituição.
Na semana passada, a administração Trump tentou colocar grande parte dos funcionários da USAID em licença administrativa, mas a medida foi barrada por um juiz federal na sexta-feira.
