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Coreia do Norte pode estar avançando para a produção em série de seus mísseis balísticos intercontinentais (ICBM, na sigla em inglês) com capacidade de atingir os Estados Unidos, segundo declarou o general da Força Aérea dos EUA, Gregory Guillot, chefe do Comando Norte dos EUA, em um depoimento ao Comitê de Serviços Armados do Senado.
O regime de Kim Jong-un “provavelmente pode entregar uma carga nuclear a alvos em toda a América do Norte, ao mesmo tempo em que reduz nossa capacidade de alerta prévio ao lançamento devido aos tempos reduzidos de preparação permitidos pelo design de combustível sólido”, afirmou Guillot em sua declaração por escrito na quinta-feira.
O general citou o teste, realizado em outubro, do Hwasong-19, um ICBM de combustível sólido que pode ser implantado e lançado mais rapidamente do que os mísseis de combustível líquido. Segundo Guillot, a retórica do governo norte-coreano em torno desse míssil sugere que Kim pretende avançar da fase de pesquisa e desenvolvimento para a produção e o desdobramento em larga escala, o que poderia expandir rapidamente o arsenal do país e reduzir a confiança do Comando Norte na capacidade de defesa contra esses mísseis.
No entanto, ainda há dúvidas dentro das Forças Armadas dos EUA. Em um evento do Instituto Brookings, realizado em novembro, o almirante Samuel Paparo, chefe do Comando Indo-Pacífico dos EUA, afirmou que, embora a Coreia do Norte continue realizando testes, “ainda não vimos essa capacidade”, referindo-se à possibilidade de um ICBM norte-coreano transportar uma ogiva nuclear e resistir às fases de lançamento, voo e reentrada na atmosfera.
As declarações de Guillot podem fortalecer os argumentos daqueles que defendem um maior investimento em defesa antimísseis. O ex-presidente Donald Trump assinou no mês passado uma ordem executiva para acelerar a produção e a entrega de novos sistemas de rastreamento e interceptação de mísseis, além de tecnologias para neutralizá-los antes do lançamento. O Pentágono está trabalhando nos detalhes para incluir essas medidas na proposta de orçamento de defesa para o ano fiscal de 2026.
“Precisamos começar imediatamente a construção de um escudo antimísseis de última geração, a Cúpula de Ferro, que será capaz de proteger os americanos”, declarou Trump em um retiro republicano do Congresso em Miami.
Trump afirmou que o sistema “será fabricado aqui mesmo, nos Estados Unidos”.
Atualmente, os EUA já possuem mais de 40 interceptores terrestres implantados em Fort Greely (Alasca) e na Base Espacial de Vandenberg (Califórnia), projetados para defender o país contra um ataque limitado da Coreia do Norte.
(Com informações da Bloomberg.)
