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Mark Carney, ex-governador do Banco do Canadá e do Banco da Inglaterra, assumirá o cargo de primeiro-ministro do Canadá após vencer a disputa pela liderança do Partido Liberal neste domingo. Ele substitui Justin Trudeau em meio a uma crise econômica agravada pelas tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos e pelas declarações de Donald Trump sobre uma possível anexação do país.
Carney, que nasceu em Fort Smith e cresceu em Edmonton, tem um histórico de liderança em momentos críticos. Formado em Economia pela Universidade de Harvard e doutor pela Universidade de Oxford, ele trabalhou no Goldman Sachs antes de assumir o comando do Banco do Canadá em 2008, quando suas decisões ajudaram o país a enfrentar a crise financeira global. Em 2013, foi nomeado governador do Banco da Inglaterra, onde lidou com os impactos do Brexit e da pandemia de covid-19.
Nos últimos anos, Carney foi presidente do conselho da Brookfield Asset Management e enviado especial da ONU para a Ação Climática e Finanças. Sua volta à política começou a se desenhar quando Trudeau enfrentou um declínio nas pesquisas devido ao impacto de suas políticas de imigração e à renúncia de sua vice, Chrystia Freeland, em dezembro de 2024.
Com a crise interna no Partido Liberal, Trudeau anunciou sua saída em janeiro, abrindo caminho para Carney, que agora assume o governo interino até as eleições gerais, previstas para abril. Em seu primeiro discurso como líder liberal, ele deixou claro que está pronto para enfrentar os desafios, especialmente as ameaças econômicas e políticas vindas dos EUA.
“Em uma situação como essa, é preciso experiência em gestão de crises e habilidades de negociação”, afirmou Carney. Ele também usou uma analogia com o hóquei, esporte nacional do Canadá, para mandar um recado a Trump:
“Não buscamos essa luta. Mas os canadenses sempre estão prontos quando alguém tira as luvas. Então os americanos não devem se enganar, porque no comércio, assim como no hóquei, o Canadá vencerá.”
E completou: “O Canadá nunca será parte dos Estados Unidos, de nenhuma forma.”
(Com informações da EFE)
