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O secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, declarou nesta quinta-feira (28) que o Papa Francisco talvez não consiga exercer o pontificado como antes, após sua longa hospitalização por infecção respiratória.
“Recebo continuamente mensagens de pessoas que dizem que estão rezando pelo Papa, por sua plena recuperação, para que possa voltar a governar a Igreja”, disse Parolin, explicando que “talvez” ele não possa trabalhar “como antes”, e que “será preciso encontrar maneiras” para que “em qualquer caso, possa fazê-lo”.
Parolin garantiu, em declarações à imprensa à margem de um evento na ‘Fraterna Domus’ de Sacrofano, perto de Roma, que o Papa segue sua convalescença no Vaticano após receber alta no último domingo, e que “deve se recuperar e manter a calma”.
Francisco “está descansando, não vê ninguém e, que eu saiba, não tem audiências”, disse o secretário de Estado do Vaticano. “O importante é que encontre tempo para se recuperar aos poucos”, acrescentou Parolin. “Esta é a única medida: manter a calma e não realizar nenhuma atividade, especialmente pública”, completou.
O Vaticano publicou nesta quinta-feira os próximos atos do calendário que incluem os ritos da Semana Santa, mas sem indicar quem os celebrará, pois tudo indica que o Papa ainda estará em convalescença.
Fontes vaticanas explicaram que ainda não havia nada organizado para a Semana Santa, mas que o Vaticano estuda um ‘plano B’ para substituir Francisco, talvez com vários cardeais em cada rito, em um dos períodos mais importantes para a Igreja Católica.
Sobre os eventos da Semana Santa, Parolin disse que o plano ainda não está claro: “Veremos se o Papa pode presidir as celebrações ou se delega algum cardeal para fazê-lo em seu nome”, garantiu.
Francisco, de 88 anos, recebeu alta no domingo após internação por infecção respiratória e pneumonia bilateral, e os médicos recomendam que ele fique em convalescença por pelo menos dois meses, seguindo o tratamento e fazendo fisioterapia respiratória motora.
Parolin falou sobre a guerra na Ucrânia e o conflito em Gaza. Sobre a Ucrânia, apelou para que haja negociações “sem condições prévias” para alcançar a paz, enquanto sobre Gaza pediu “senso de moderação” tanto por parte do Hamas quanto de Israel para encontrar novamente caminhos para alcançar um cessar-fogo. “Acredito que ambas as partes precisam de grande moderação, algo que talvez nem o Hamas nem os israelenses tenham demonstrado”, concluiu o secretário de Estado do Vaticano.
