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O Ministério do Comércio da China afirmou nesta quarta-feira (7) que “se opõe veementemente” à ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de elevar tarifas sobre produtos chineses. Em comunicado, Pequim prometeu adotar contramedidas para proteger seus direitos e interesses.
A declaração veio após Trump afirmar que imporia uma nova tarifa de 50% sobre as importações chinesas, caso o governo chinês não suspenda os 34% de tarifas aplicados sobre produtos americanos na semana passada.
“A ameaça dos EUA de escalar as tarifas contra a China é um erro em cima de outro erro. A China jamais aceitará isso. Se os Estados Unidos insistirem nesse caminho, a China lutará até o fim”, disse o comunicado, de acordo com tradução da CNBC.
Na última sexta-feira (4), o Ministério das Finanças da China anunciou a aplicação de tarifas adicionais de 34% sobre todos os produtos importados dos EUA a partir de 10 de abril. A medida é uma retaliação às novas tarifas de 34% impostas por Trump sobre bens chineses, que se somam às tarifas de 20% já implementadas desde fevereiro, elevando o total de tarifas americanas contra a China a 54% só neste ano.
Em resposta à escalada comercial, Pequim também implementou uma série de medidas mais amplas. Entre elas, estão restrições à exportação de elementos de terras raras essenciais, a proibição da exportação de itens de uso dual (civil e militar) para uma dúzia de empresas norte-americanas — principalmente dos setores de defesa e aeroespacial — e a inclusão de 11 novas companhias dos EUA em sua “lista de entidades não confiáveis”, sujeitando-as a restrições adicionais para operar no mercado chinês.
No mesmo dia, o Banco Popular da China estabeleceu a taxa de referência do yuan onshore em 7,2038 por dólar, o nível mais fraco desde setembro de 2023, segundo dados da Wind Information. A moeda chinesa pode oscilar até 2% em relação a essa taxa central.
As tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo voltam a crescer, reacendendo preocupações no cenário global sobre os impactos econômicos de uma guerra tarifária prolongada.
