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A ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, esposa do ex-presidente Ollanta Humala, solicitou asilo político na Embaixada do Brasil em Lima nesta terça-feira (15), após ser condenada, junto com o marido, por envolvimento no caso Odebrecht. Segundo comunicado do Ministério das Relações Exteriores do Peru, Heredia se dirigiu à embaixada brasileira e pediu proteção, com base na Convenção sobre Asilo Diplomático de 1954, da qual tanto o Peru quanto o Brasil são signatários.
A Embaixada do Brasil confirmou o ingresso de Heredia nas suas instalações e informou que os dois governos estão em contato constante sobre a situação.
A condenação de Humala e Heredia foi proferida mais cedo pelo Terceiro Juizado Colegiado da Corte Superior Nacional do Peru, que sentenciou ambos a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro. O ex-presidente Humala foi acusado de ter recebido contribuições ilegais de Hugo Chávez, ex-ditador da Venezuela, e da construtora brasileira Odebrecht, para financiar suas campanhas eleitorais de 2006 e 2011. Heredia, que foi responsável pela coordenação das campanhas, também foi considerada culpada do mesmo crime.
O irmão de Nadine, Ilán Heredia, foi condenado a 12 anos de prisão no mesmo processo. Além das penas de prisão, os réus foram condenados a pagar reparações civis, com um total de 10 milhões de soles (aproximadamente R$ 15,7 milhões). A decisão também prevê que Humala e Heredia permaneçam detidos até 28 de julho de 2039, considerando o tempo já cumprido na prisão.
Os promotores alegaram que o ex-presidente teria recebido dinheiro ilícito para sua campanha de 2011, especificamente em sua disputa contra Keiko Fujimori, filha de outro ex-presidente peruano, por meio de seu Partido Nacionalista. A defesa de Humala afirmou que recorrerá da sentença, classificando-a como “excessiva” e alegando que não foi provada a origem ilegal do dinheiro.
