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O governo dos Estados Unidos desclassificou e publicou na internet milhares de documentos relacionados ao assassinato do ex-procurador-geral Robert F. “Bobby” Kennedy, ocorrido em 5 de junho de 1968.
Segundo comunicado do Serviço de Inteligência Nacional, cerca de 10 mil páginas com informações sobre o caso foram disponibilizadas no site dos Arquivos Nacionais nas últimas horas. Até então, esse material permanecia em sigilo.
Os documentos foram digitalizados manualmente e trazem apenas alguns dados mínimos ocultados por questões de segurança, como números de seguridade social. No entanto, o órgão informou que outras 50 mil páginas ainda estão armazenadas em unidades da CIA e do FBI, aguardando digitalização, e também podem ser tornadas públicas futuramente.
A medida faz parte de um compromisso assumido pelo presidente Donald Trump em seu retorno à presidência, com o objetivo de democratizar o acesso a informações sobre casos como o de Kennedy, do ex-presidente John F. Kennedy e do líder dos direitos civis Martin Luther King Jr.
“Esse é um caso grande. Muita gente espera por isso há anos, décadas. Tudo será revelado”, afirmou Trump ao assinar a ordem executiva correspondente no Salão Oval, em 23 de janeiro.
No caso de Luther King Jr., os documentos ainda não foram digitalizados e, segundo o governo, seguem “acumulando poeira em instalações federais há décadas”. Já os arquivos relacionados a John F. Kennedy foram divulgados em 18 de março, com a liberação de cerca de 1.100 documentos detalhando os acontecimentos.
A diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, celebrou a nova postura da administração Trump, destacando que “pela primeira vez, os americanos terão a oportunidade de revisar a investigação do governo federal” e conhecer de forma direta “a verdade”.
Já Robert F. Kennedy Jr. afirmou que “levantar o véu sobre os documentos de RFK é um passo necessário para restaurar a confiança no governo dos Estados Unidos” e reforça o “compromisso com a transparência” por parte de Trump.
Robert F. “Bobby” Kennedy — ex-senador, irmão de JFK e pai do atual secretário de Saúde dos EUA — foi assassinado aos 42 anos com um tiro na cabeça no Hotel Ambassador, em Los Angeles, em 5 de junho de 1968, logo após vencer as primárias democratas no estado da Califórnia.
Meses antes, ele havia lançado sua campanha presidencial e conquistado ampla base de apoio graças ao seu carisma, defesa da justiça social e apelo à reconciliação nacional.
Até o momento, as investigações apontam que o autor do crime foi Sirhan Bishara Sirhan, um palestino condenado à prisão perpétua. No entanto, RFK Jr. já expressou diversas vezes dúvidas sobre a responsabilidade exclusiva de Sirhan, levantando a possibilidade de envolvimento de outras pessoas no crime. Em 2021, ele chegou a apoiar a libertação do condenado — decisão contrária à vontade de parte da própria família Kennedy.
(Com informações da EFE e Reuters)
