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O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou neste sábado (19) que suas tropas mantenham um cessar-fogo na Ucrânia por ocasião da Páscoa. A trégua teve início na tarde deste sábado e se estenderá até a meia-noite de domingo (horário local). Putin também fez um apelo a Kiev para que respeite a trégua.
“Hoje, das 18h00 (15h00 GMT) até a meia-noite de domingo (21h00 GMT), a parte russa declara uma trégua de Páscoa”, declarou Putin durante uma reunião televisionada com o chefe do Estado-Maior russo, Valeri Guerásimov.
A ordem de cessar-fogo ocorre um dia após um ataque russo em Kharkiv, na Sexta-Feira Santa, que deixou ao menos um morto e mais de 100 feridos. O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, manifestou-se sobre o ataque: “Assim começou a Rússia esta Sexta-Feira Santa: com mísseis balísticos, mísseis de cruzeiro, (drones) Shaheds, mutilando nosso povo e nossas cidades”.
Zelensky informou que os mísseis atingiram dezenas de edifícios residenciais, bem como alguns estabelecimentos comerciais locais.
Horas depois, em uma nova publicação em sua conta na rede social X, Zelensky voltou a denunciar a Rússia por “atacar zonas civis durante festividades religiosas” e insistiu na importância de receber, especialmente dos Estados Unidos, sistemas apropriados de defesa aérea.
“É preciso ser um completo canalha e desprezar a vida para lançar semelhantes ataques com mísseis contra uma cidade comum e corrente na Sexta-Feira Santa, véspera de Páscoa. E quando pedimos a nossos parceiros, principalmente aos Estados Unidos, sistemas Patriot e mísseis que os protejam contra este mal russo – mísseis de cruzeiro e ameaças balísticas -, estamos pedindo a proteção que toda nação merece”, declarou o chefe de Estado ucraniano.
Zelensky também informou que drones russos atacaram, nas últimas horas, várias áreas da região de Sumi, incluindo um ataque a uma padaria, um comércio “normal e corrente” que serviu à cidade “durante décadas”, e no qual ao menos uma pessoa morreu.
“Também houve ataques russos nas regiões de Dnipro, Kiev, Mikolaiv e Donetsk. Nossos resgatistas, médicos e demais serviços de emergência e especializados estão respondendo e ajudando. Agradeço a cada pessoa que está salvando vidas e restaurando as condições de vida nas cidades e povoados da Ucrânia”, ressaltou.
Austrália Exige Libertação de Cidadão Preso e Acusado de Mercenarismo pela Rússia
Em outro desenvolvimento, o governo da Austrália expressou neste sábado sua “preocupação” com a prisão de um cidadão australiano acusado pela Rússia de participar como mercenário nas fileiras do Exército ucraniano.
“Seguimos muito preocupados com (Oscar) Jenkins e estamos trabalhando com a Ucrânia e outros parceiros para advogar por seu bem-estar e sua libertação”, disse em um comunicado enviado à imprensa o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores australiano.
O Serviço de Segurança Federal da Rússia (FSB) informou na sexta-feira a prisão, na região ucraniana de Lugansk, anexada pela Rússia, do cidadão australiano acusado do “delito de mercenarismo”, que a Rússia pune com até 15 anos de prisão.
As informações sobre a possível detenção de Jenkins, um antigo professor de biologia, circulavam na Austrália desde o final de dezembro.
O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, afirmou que sua nação “não abandonará o detido”, durante um evento de campanha para as eleições de 3 de maio.
“Seguiremos representando as gestões em nome de Jenkins perante o repreensível regime de Vladimir Putin. Nos manteremos firmes e utilizaremos todos os meios à nossa disposição para seguir apresentando ditas gestões”, declarou Albanese.
Segundo o FSB, o homem havia assinado um contrato com o Ministério da Defesa da Ucrânia e combatido nas fileiras da 66ª brigada mecanizada das tropas ucranianas. Após passar por treinamento, o militar lutou nos territórios de Donetsk e Lugansk.
Em dezembro de 2024, um vídeo divulgado por canais russos do Telegram mostrava um cidadão australiano chamado Oscar Jenkins, de 32 anos, sendo interrogado após ser capturado pelos russos enquanto combatia ao lado da Ucrânia.
Jenkins residiu na cidade australiana de Melbourne e estudou ciências biomecânicas antes de se mudar para a China em 2015, onde começou a lecionar dois anos depois em uma universidade local. Não está claro quando ele viajou para a Ucrânia.
Segundo a emissora pública ABC, ao menos seis australianos morreram combatendo nas fileiras ucranianas desde a invasão russa em fevereiro de 2022.
Desde o início da guerra na Ucrânia em 2022, a Rússia informou a captura de outros mercenários de diversas nacionalidades que combateram nas fileiras do Exército inimigo, como britânicos, canadenses e colombianos, entre outros. No início deste ano, a Rússia anunciou a detenção de James Scott Rhys Anderson, um britânico de 22 anos que combateu ao lado dos ucranianos na região russa de Kursk.
(Com informações de agências)
