Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
A Rússia realizou, na madrugada deste domingo (24), o maior ataque aéreo desde o início da invasão em larga escala à Ucrânia, em 2022. Segundo autoridades ucranianas, foram lançados 298 drones e 69 mísseis contra diferentes regiões do país, em uma segunda noite consecutiva de ofensivas em grande escala. A capital Kiev foi novamente o principal alvo.
De acordo com a administração militar local, mais de uma dezena de drones russos invadiram o espaço aéreo da capital antes do amanhecer, causando explosões e disparando alertas de novos ataques. “Há ameaça de uso massivo de drones e mísseis a partir de aeronaves estratégicas”, alertou Timur Tkachenko, chefe da administração militar de Kiev, em comunicado divulgado pelo Telegram.
As autoridades ucranianas confirmaram pelo menos 12 mortes em todo o país, incluindo três crianças na região de Kiev. Outros civis ficaram feridos. No distrito de Golosivsky, na capital, destroços de um drone atingiram um prédio residencial de cinco andares, segundo relatos oficiais.
O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, pediu à população que buscasse abrigos ao ouvir explosões em diversos pontos da cidade. “As forças de defesa aérea estão em ação. A capital está sendo atacada por drones inimigos”, afirmou.
O Ministério da Defesa da Rússia, por sua vez, declarou que suas forças derrubaram 110 drones ucranianos durante a noite, sem detalhar os alvos atingidos ou danos causados.
Na madrugada de sábado (23), Kiev já havia sido atingida por outro ataque russo com drones e mísseis, que deixou ao menos 15 feridos. No dia anterior, outros ataques resultaram na morte de duas pessoas na cidade portuária de Odessa e três na região de Kherson, ambas no sul do país.
Apesar da escalada militar e da destruição de infraestrutura crítica, esforços diplomáticos continuam sendo realizados. Em paralelo aos ataques, Rússia e Ucrânia iniciaram a última etapa de um novo acordo de troca de prisioneiros, considerado o único avanço concreto desde o reinício das conversas diretas em Istambul, no início de maio — as primeiras em três anos.
Neste sábado (23), Kiev e Moscou anunciaram a troca de 307 prisioneiros de guerra de cada lado. Na sexta-feira, já haviam sido libertados 270 soldados e 120 civis por cada país, como parte de um acordo maior previsto no formato de mil por mil.
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ter intermediado o acordo de troca e segue pressionando ambos os lados por um cessar-fogo. Segundo ele, após o encerramento dessa etapa, espera-se a troca de documentos com as condições de cada parte para o fim do conflito, iniciado em fevereiro de 2022 com a invasão russa.
“Estamos abertos a qualquer forma de diplomacia que produza resultados e dispostos a dar todos os passos que garantam segurança real. A Rússia é que não demonstra disposição para isso”, lamentou o presidente ucraniano Volodimir Zelensky neste sábado.
Enquanto isso, os combates continuam em diversas frentes. Moscou afirmou ter tomado o controle de duas localidades na região de Donetsk, epicentro dos confrontos, e uma na região de Sumi, que faz fronteira com a Rússia.
Na mesma região de Sumi, uma mulher morreu após novo bombardeio russo. No dia anterior, 11 civis ucranianos foram mortos em ataques semelhantes, conforme informaram as autoridades locais.
