Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, reafirmou nesta sexta-feira (27) seu apoio à decisão do Parlamento iraniano de suspender a cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e fez duras críticas ao diretor-geral da entidade, Rafael Grossi, acusando-o de atuar de forma “perversa” e de ter colaborado com os ataques realizados pelos Estados Unidos e por Israel contra instalações nucleares iranianas. Em publicação na rede social X (antigo Twitter), Araqchi afirmou: “Essa é uma consequência do papel lamentável de Rafael Grossi ao ocultar que a agência já havia encerrado todas as pendências há décadas”. Ele já havia feito declarações semelhantes na noite anterior à TV estatal iraniana. Sobre os pedidos da AIEA para inspecionar os locais bombardeados, o ministro demonstrou desconfiança: “A insistência de @rafaelgrossi em visitar os locais atacados (…) não faz sentido e pode até esconder más intenções”.
“Irã se reserva o direito de adotar qualquer medida em defesa de seus interesses, de seu povo e de sua soberania”, acrescentou. Israel tem acusado Teerã de buscar desenvolver armas nucleares, o que é negado repetidamente pelas autoridades iranianas. Araqchi também declarou que Grossi “estimulou diretamente” a aprovação de uma resolução “politicamente motivada” contra o Irã pelo Conselho de Governadores da AIEA. Segundo ele, essa medida serviu de pretexto para os bombardeios dos EUA e de Israel contra três instalações estratégicas. “A AIEA e seu diretor-geral são totalmente responsáveis por essa situação sórdida”, afirmou.
O chanceler iraniano criticou ainda o fato de Grossi não ter condenado explicitamente os ataques. Segundo Teerã, esse silêncio viola os estatutos e normas internas da agência ligada à ONU. A crise se intensificou desde 13 de junho, quando Israel iniciou uma série de bombardeios contra instalações nucleares e militares iranianas, resultando na morte de altos oficiais e cientistas ligados ao programa nuclear do país.
No domingo seguinte, por ordem do presidente dos EUA, Donald Trump, a Força Aérea americana atacou instalações nucleares em Fordo — um complexo subterrâneo ao sul de Teerã — e também nas cidades de Isfahan e Natanz. Embora o Pentágono tenha afirmado que os ataques “devastaram o programa nuclear iraniano”, especialistas indicam que ainda é cedo para medir o real impacto, sobretudo em Fordo. Na segunda-feira, Grossi pediu autorização ao governo iraniano para inspecionar as instalações e verificar o estado do urânio armazenado.
Enquanto isso, o Conselho dos Guardiões — órgão que supervisiona a legislação no Irã — confirmou na quinta-feira a aprovação de um projeto de lei que suspende a cooperação com a AIEA. O texto ainda precisa ser ratificado pela Presidência do país. Desde o início da ofensiva, o governo iraniano tem criticado duramente a AIEA pelo silêncio diante dos ataques de Israel e dos Estados Unidos, além de acusar a agência de ter aprovado, em 12 de junho, uma resolução que supostamente envolvia o Irã em descumprimento de obrigações nucleares — argumento que, segundo Teerã, foi usado como justificativa para os ataques militares.
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