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O Centro Nacional de Medicina Forense de Abu Kabir, em Israel, confirmou que Inbar Hayman, de 27 anos, e o sargento-myor Muhammad al-Atarash, de 39, foram os dois reféns mortos cujo retorno a Israel ocorreu na noite de quarta-feira após terem sido entregues pelo grupo terrorista Hamas, informou o Gabinete do Primeiro-Ministro e as Forças de Defesa de Israel (FDI) na manhã de quinta-feira.
O governo israelense declarou que “compartilha a profunda dor das famílias de Hayman e de al-Atarash e de todas as famílias dos reféns caídos”. A identificação foi realizada em coordenação com a Polícia de Israel e o Rabinato Militar.
A investigação forense concluiu que Hayman foi assassinada durante o massacre de 7 de outubro de 2023, no festival Nova, e que seus restos mortais foram levados para a Faixa de Gaza. Ela tinha 27 anos e havia sido declarada morta em 15 de dezembro de 2023, deixando pais e um irmão. Hayman era a última refém do sexo feminino ainda mantida em Gaza.
O Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas a descreveu como “talentosa, carinhosa e inclusiva”, ressaltando sua trajetória como grafiteira sob os apelidos “Pink” e “Raven”, e destacou que ela havia ido ao festival como “ajudante” para auxiliar dançarinos que não se sentiam bem.
O sargento-myor al-Atarash, rastreador da Brigada de Gaza das FDI, morreu em 7 de outubro de 2023 e foi declarado falecido em junho de 2024. Tinha 39 anos e deixou pais, irmãos, duas esposas e 13 filhos. O fórum o descreveu como “um homem sério que se preocupava com todos”, com especial carinho pelos cavalos que criava e com o sonho de ter sua própria fazenda.
O comunicado do Gabinete do Primeiro-Ministro acrescentou que “o Governo e todo o Escritório de Segurança Pública de Israel estão determinados, comprometidos e trabalham incansavelmente para devolver todos os nossos reféns caídos, para que recebam um enterro digno em seu próprio país”.
Até o momento, além dos reféns vivos, o Hamas entregou a Israel os restos mortais de nove reféns falecidos, e 19 reféns mortos permanecem em Gaza.
O Hamas não identificou os restos no momento da entrega, assim como havia acontecido no dia anterior, quando se constatou que um dos quatro corpos supostamente pertencentes a reféns mortos era, na verdade, de um palestino.
Enquanto os restos eram transportados para fora de Gaza, o ministro da Defesa de Israel, Katz, advertiu na quarta-feira que havia ordenado às Forças que preparassem um “plano para esmagar” o grupo e ameaçou retomar as operações caso o Hamas não respeitasse o cessar-fogo.
Em nota, o gabinete de Katz afirmou: “Se o Hamas se recusar a cumprir o acordo, Israel, em coordenação com os Estados Unidos, retomará os combates e agirá para alcançar a derrota total do Hamas, mudar a realidade em Gaza e alcançar todos os objetivos da guerra”.
Em contraste, o braço armado do grupo terrorista afirmou, antes da entrega, que havia cumprido suas obrigações no âmbito do cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos, devolvendo a Israel “todos os reféns vivos e os corpos de todos os cativos mortos ‘a que pôde chegar’”.
Sobre os restos que não foram entregues, o Hamas alertou que sua localização exige recursos especializados: “O que resta dos corpos dos reféns — que não foram devolvidos — requer grande esforço e equipamentos especiais para localizá-los, e estamos fazendo grandes esforços para solucionar esse problema”.