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O governo da Argentina anunciou nesta sexta-feira (31) o envio de militares para a fronteira com o Brasil, após a megaoperação policial no Rio de Janeiro que deixou 121 mortos nos complexos da Penha e do Alemão. A medida foi acompanhada da classificação do Comando Vermelho (CV) como grupo “narcoterrorista”, segundo comunicado oficial.
A decisão foi divulgada pela ministra de Segurança Nacional, Patricia Bullrich, nas redes sociais. Em um documento encaminhado à ministra Alejandra Monteoliva, Bullrich solicitou o reforço da segurança nas regiões de fronteira com Santa Catarina e Paraná, alegando preocupação com uma possível fuga de integrantes da facção para países vizinhos.
“O alerta constitui uma medida protetiva derivada da teoria do desbande”, explicou Bullrich no comunicado publicado no X (antigo Twitter), referindo-se à dispersão de membros de organizações criminosas após operações policiais de grande escala.
A ministra também determinou que os agentes destacados para a fronteira recebam um “manual de reconhecimento dos sinais que caracterizam esses grupos narcoterroristas”, com o objetivo de facilitar a identificação de possíveis membros do Comando Vermelho que tentem cruzar o território argentino.
O ministro da Defesa da Argentina, Luis Petri, confirmou o posicionamento do Exército na cidade de Bernardo de Irigoyen, na província de Misiones — ponto que faz divisa com Dionísio Cerqueira (SC) e Barracão (PR).
“O governo argentino está em contato com as forças militares do Brasil e do Paraguai para desenvolver ações conjuntas, com o objetivo de garantir a troca de informações e fortalecer as capacidades de defesa”, afirmou Bullrich.
A medida ocorre em meio à repercussão internacional da operação no Rio, marcada por altas taxas de letalidade e suspeitas de remoção irregular de corpos.