O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, comentou as afirmações do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. Em nota para rebater alegações do livro de Janot, Cunha disse que o ex-PGR é ‘um psicopata e homicida que não merece respeito’.
Em nota escrita em Bangu 8, onde está atualmente detido, Eduardo Cunha diz que Janot teria ‘ódio pessoal’ e teria divulgado ‘falsas acusações’. Cunha ainda diz que é vítima de ‘perseguição’ comandada pelo ex-PGR.
Na publicação que o ex-procurador-geral pretende lançar em outubro – o livro ‘Nada Menos que Tudo’, escrito em colaboração com os jornalistas Jailton de Carvalho e Guilherme Evelin – Janot diz que foi o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ), preso pela Lava Jato, o responsável pela invasão de sua casa em Brasília, em 2015.
Os advogados de Eduardo Cunha já haviam divulgado nota sobre as declarações de Janot. A defesa considerou as falas do ex-PGR ‘esquizofrênicas’ e ‘irresponsáveis’ e argumentaram: “As ilegalidades praticadas contra Eduardo Cunha, à época que ele (Janot) conduziu com o fígado o Ministério Público Federal, violavam princípios básicos como a impessoalidade”.
Confira a íntegra da nota de Eduardo Cunha
“Com relação à divulgação de versões contidas no livro do Sr. Janot, tenho a esclarecer o que se segue:
1. Como podemos observar, trata-se de um psicopata e homicida que não merece respeito.
2. É tão absurda a acusação de invasão da sua casa, desprovida de qualquer prova, quanto é absurda a sua tratativa de homicídio do ministro do STF, Gilmar Mendes.
3. Janot é dotado de ódio pessoal contra mim e foi responsável pela divulgação de falsas acusações contra mim.
4. Ele mesmo fala que o inquérito contra mim estava muito ruim, o que só prova que sou vítima de perseguição comandada por ele, que forçou delatores a mudarem versões contra mim e mesmo com o inquérito muito ruim, apresentou denúncias contra mim.
5. Vou acioná-lo judicialmente, assim como espero que ele seja responsabilizado pela tentativa do homicídio.
6. Janot gostaria de ter ido ao STF como ministro, mas eu o frustrei quando aprovei a emenda dos 75 anos, impedindo que houvessem mais vagas naquele governo.
Eduardo Cunha”