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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta sexta-feira (28), a deputada federal Gleisi Hoffmann, presidente do PT, como nova chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República. Ela substituirá Alexandre Padilha, que assumirá o Ministério da Saúde após a demissão de Nísia Trindade na última terça-feira (25). A mudança marca o início da segunda reforma ministerial do atual mandato de Lula.
Em publicação nas redes sociais, o presidente escreveu:
“A companheira e deputada federal @gleisi vai integrar o governo federal. Vem para somar na Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, na interlocução do Executivo com o Legislativo e demais entes federados. O @padilhando assumirá o Ministério da Saúde. Bem-vinda e bom trabalho.”
Segundo o governo, a posse de Gleisi está marcada para 10 de março, enquanto Padilha tomará posse na Saúde na quinta-feira (6), com Nísia permanecendo no cargo até lá.
Saída de Nísia e impacto na participação feminina no governo
A saída de Nísia Trindade, terceira mulher demitida do primeiro escalão de Lula, foi motivada por críticas nos bastidores à sua gestão, que teria carecido de uma “marca” na Saúde e enfrentado dificuldades no combate à dengue. Com sua exoneração, o número de mulheres à frente de ministérios cai de 11 para 9, após as trocas de Daniela Carneiro (Turismo) e Ana Moser (Esporte) por homens em 2023.
Reforma ministerial e novo papel de Gleisi
Essa movimentação faz parte de uma reforma ministerial mais ampla, a segunda do terceiro mandato de Lula. Em setembro de 2023, o presidente já havia feito mudanças para acomodar aliados do Centrão. Especulações sobre novas trocas cresceram no fim de 2024, quando Lula criticou publicamente a Comunicação Social do governo. Em janeiro de 2025, ele demitiu Paulo Pimenta da Secom e nomeou o publicitário Sidônio Palmeira, responsável por sua campanha em 2022.
A chegada de Gleisi Hoffmann ao governo reforça a influência do PT no núcleo de Lula. Natural de Curitiba, a deputada é formada em Direito, com especialização em Gestão de Organizações Públicas e Administração Financeira. Filiada ao PT desde 1989, já foi diretora financeira da Itaipu Binacional no primeiro mandato de Lula, senadora pelo Paraná (eleita em 2010 com mais de 3 milhões de votos) e chefe da Casa Civil no governo Dilma Rousseff, entre 2011 e 2014.
Na Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi será responsável por articular o diálogo entre o Executivo, o Congresso Nacional e outros entes federados, um papel estratégico em um governo que busca fortalecer sua base política. Enquanto isso, Padilha, conhecido pela habilidade de negociação, assume a Saúde em um momento de desafios, como o controle de epidemias e a reconstrução da imagem da pasta.
