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Nesta terça-feira (8), em entrevista à GloboNews, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, falou sobre a questão da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Ele afirmou que o tema ainda é prematuro para discussão, alegando que os processos judiciais estão em curso e os mentores das ações estão sob investigação. “Não faz sentido algum discutir anistia, seria a consagração da impunidade”, alegou o magistrado.
O ministro também disse que os participantes dos acampamentos foram manipulados por aqueles que arquitetaram o suposto plano de golpe, ressaltando que os responsáveis estão sendo responsabilizados.
“Houve um manejo dessas pessoas, mas os mentores agora estão sendo responsabilizados. É preciso que a gente veja a gravidade, estivemos muito perto de um golpe de estado, uma tragédia política. É essa gravidade que nós precisamos traduzir para as pessoas.”, disse Gilmar Mendes.
Além disso, Mendes discordou da posição de seu colega Luiz Fux, que defende a revisão das penas dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. “Eu não defendo a revisão das penas, mas a apreciação das situações caso a caso”, disse o ministro,
“Diante de situações que surgem, pessoas doentes, pessoas que tenham menores que demandam cuidados, o tribunal está fazendo eventuais avaliações. Mas é preciso notar a gravidade de todo o contexto”, disse. “Houve aqui uma utilização política desse caso: de que nós [ministros do STF] seríamos monstros insensíveis diante de uma situação que é grave”, prosseguiu.
“Não concordo com essa abordagem sobre um julgamento com violenta emoção. É preciso que a gente principie pelo começo e veja a gravidade desses fatos e saiba avaliar que pela primeira vez estamos aplicando a legislação de defesa do estado.”, defendeu.
