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A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), levou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma queixa-crime contra o deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES), após o parlamentar proferir ofensas contra ela durante uma sessão na Câmara dos Deputados, no dia 29 de abril. Gilvan referiu-se à ministra como “prostituta do caramba”, em um discurso que relacionava a petista a investigações da Operação Lava Jato.
As declarações do deputado ocorreram em um contexto de debate sobre a relação entre o governo e a Polícia Federal. Gilvan da Federal, ex-policial federal, acusou Gleisi Hoffmann de mudar seu discurso sobre a PF, alegando que a ministra criticava a instituição durante a prisão do presidente Lula e agora a elogia devido à nomeação de um diretor-geral petista. Em seguida, ele mencionou planilhas da Odebrecht que citavam os apelidos “Lindinho” e “Amante”, associando este último à ministra e utilizando a expressão ofensiva.
A ação movida pelos advogados de Gleisi Hoffmann acusa Gilvan da Federal de injúria e difamação, com agravantes de misoginia e violência política de gênero. A defesa da ministra argumenta que as palavras do deputado ultrapassam os limites da liberdade de expressão e configuram um ataque pessoal com o objetivo de descredibilizar e humilhar a ministra.
O caso reacende o debate sobre a violência política de gênero no Congresso Nacional. A primeira-dama, Janja Lula da Silva, manifestou publicamente seu apoio a Gleisi Hoffmann, publicando uma foto e cobrando um posicionamento firme do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para coibir atos de misoginia na Casa Baixa. Janja expressou a expectativa de que o presidente da Câmara tome “medidas firmes” para garantir um ambiente institucional de respeito e equidade.
