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A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, participou nesta quarta-feira (2) de uma audiência na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados para tratar de temas como desmatamento e queimadas. A sessão foi marcada por críticas de parlamentares e respostas da ministra, que afirmou ter sido “terrivelmente agredida”.
O deputado Evair de Melo (PP-ES) fez diversas críticas à atuação da ministra e à condução das políticas ambientais do governo federal.
“Sua incoerência nos irrita, porque se a senhora fosse coerente eu entenderia”, disse o parlamentar.
“A senhora tem dificuldade com o agronegócio, porque a senhora nunca trabalhou, nunca produziu, não sabe o que é prosperidade construída pelo trabalho. O mundo sabe que a senhora tem um discurso alinhado com ONGs internacionais”, afirmou.
Em resposta, Marina Silva destacou sua trajetória pessoal e profissional, além de afirmar que sua atuação se baseia em evidências e dados.
“Você não se revela naquilo que o outro diz de você. Você não se revela naquilo que você diz de si mesmo. Você se revela é quando você se refere ao outro. E vossa excelência se revelou”, disse a ministra.
“Deputado, eu tenho trabalhado muito, mas a história só é enxergada por aqueles que a querem enxergar. Existe uma tecnologia chamada negacionismo, não vê a história, não vê os fatos.”
A ministra também reagiu a interrupções durante sua fala, afirmando que o comportamento dos parlamentares era ofensivo:
“Isso é uma forma ofensiva de se dirigir a uma mulher. Quando um homem ergue a voz ele está sendo incisivo, como tem sido vossas excelências.”
Durante a audiência, o deputado Túlio Gadêlha (Rede-PE) pediu que o presidente da comissão, Rodolfo Nogueira (PL-MS), interviesse para garantir respeito à ministra.
“Ou a gente estabelece um procedimento de respeito às autoridades que vêm nessa Casa ou esse ambiente vai se tornar daqui para pior. Tantas vezes discordamos um do outro, mas nunca um deputado progressista proferiu palavras desse nível”, afirmou.
A audiência ocorre em meio a debates sobre a política ambiental do governo e a relação com o setor agropecuário. Em maio, Marina Silva já havia participado de uma sessão no Senado que também teve momentos de tensão com parlamentares.
