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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu indicar o atual ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, para o Supremo Tribunal Federal (STF). A informação foi confirmada nesta quinta-feira (16) à coluna de Igor Gadelha, do portal Metrópoles, por ao menos cinco auxiliares e aliados do presidente.
Messias ocupará a vaga deixada pelo ministro Luís Roberto Barroso, que se aposentou antecipadamente aos 67 anos, embora pudesse permanecer na Corte até os 75 anos. A expectativa é de que Lula anuncie oficialmente a indicação ainda nas próximas horas. Após o anúncio, o nome do ministro passará por sabatina no Senado, que decidirá se aprova ou não a sua entrada no STF.
A escolha de Messias era apoiada sobretudo por lideranças do PT, sendo considerado o candidato mais próximo do presidente entre os postulantes à vaga de Barroso. O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que contava com o apoio de ministros do STF como Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, acabou preterido.

Jorge Messias está à frente da AGU desde janeiro de 2023, início do terceiro governo Lula
Jorge Messias está à frente da AGU desde janeiro de 2023, início do terceiro governo Lula. Antes disso, foi subchefe para Assuntos Jurídicos (SAJ) da Presidência durante o governo Dilma Rousseff. Ele ganhou notoriedade nacional após ser citado em um grampo telefônico envolvendo Dilma, em 2016, no qual a então presidente prometia entregar a Lula um termo de posse como ministro da Casa Civil — episódio criticado como uma possível tentativa de evitar a prisão de Lula pelo então juiz Sérgio Moro. Na gravação, Dilma se referiu a Messias como “Bessias”, apelido que marcou sua entrada no noticiário político.
Nos últimos anos, Messias manteve proximidade com o grupo de Lula e se consolidou como um dos principais nomes da área jurídica do governo. Ele conta com apoio de advogados do grupo Prerrogativas, de juristas progressistas, e também de parte da bancada evangélica, religião à qual pertence.
Aos 45 anos, Messias é graduado em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e doutor em Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação Internacional pela Universidade de Brasília (UnB). Ele iniciou sua carreira na AGU como procurador da Fazenda Nacional, em 2007, e também ocupou cargos no Banco Central e no Ministério da Ciência e Tecnologia.
