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A 1ª vacina aprovada para proteger bebês contra o vírus sincicial respiratório (VSR) ainda no ventre materno chegou ao Brasil nesta semana. O VSR é conhecido por causar complicações respiratórias agudas na infância, com destaque para a bronquiolite.
A vacina Abrysvo, desenvolvida pela Pfizer, recebeu aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em abril deste ano. A vacina deve ser administrada em dose única durante o segundo ou terceiro trimestre da gestação, diretamente às gestantes, e não às crianças. A diretora médica da Pfizer Brasil, Adriana Ribeiro, explica que, ao receber a vacina, a mãe produz anticorpos que atravessam a placenta e fortalecem o sistema imunológico do bebê, que ainda está em desenvolvimento.
Além de ser indicada para gestantes, a vacina também é recomendada para idosos, que compõem o segundo grupo de maior risco.
Dados recentes do Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), publicados em 12 de setembro, indicam que o VSR é a causa mais frequente de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no Brasil, representando 40,8% dos diagnósticos positivos para vírus respiratórios. O VSR também figura entre os principais responsáveis por internações e mortes de crianças com até 2 anos de idade.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) estima que o VSR seja responsável por até 40% dos casos de pneumonia e 75% dos quadros de bronquiolite em crianças menores de 2 anos. A bronquiolite é uma infecção viral que afeta os bronquíolos, a parte mais delicada dos pulmões, e pode levar a quadros graves.
Atualmente, a Abrysvo está disponível apenas em centros e clínicas de vacinação particulares no país. A Pfizer informou ao Metrópoles que solicitou a inclusão da vacina no Programa Nacional de Imunizações (PNI) do SUS em julho deste ano. O pedido, encaminhado à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), está sob análise do Ministério da Saúde.
Camila Alves, diretora de Primary Care da Pfizer Brasil, destacou que a empresa continuará trabalhando tanto na rede privada quanto com o sistema público para ampliar a disponibilidade da vacina e aumentar a proteção contra o VSR.