O setor movimentou R$ 853 milhões, um valor que reflete sua crescente importância, e os pacientes atendidos estão presentes em cerca de 80% dos municípios do país.
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A CEO da Kaya, Maria Eugenia Riscala, destacou que o Brasil conta atualmente com mais de 2.180 produtos de cannabis medicinal, atendendo a uma variedade de necessidades.
Para ela, a expansão do uso da maconha medicinal no Brasil é evidente não apenas pelos números, mas também pela integração dessa opção de tratamento à rotina dos pacientes em todo o país.
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O faturamento do setor superou em 22% o registrado em 2023, que foi de R$ 699 milhões. A projeção é que o faturamento atinja R$ 1 bilhão até 2025. Em 2021, o mercado movimentava apenas R$ 144 milhões, com um salto para R$ 364 milhões no ano seguinte.
Thiago Cardoso, chefe de Inteligência e sócio da Kaya, ressaltou os avanços na regulamentação da maconha, como a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a liberação do cultivo da planta para fins medicinais, que tem colocado o Brasil em destaque no cenário global.
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Ele observou que, em 2024, 413 empresas estrangeiras exportaram produtos para o país, o que contribuiu para a diversificação do mercado. Cardoso acredita que essa evolução permite que mais pacientes encontrem soluções terapêuticas adequadas às suas necessidades, posicionando o Brasil como um mercado competitivo e inovador.
Apesar do crescimento, os frascos com cápsulas, óleos, sprays e tópicos ainda enfrentam desafios devido a entraves na legalização, o que leva quase metade dos pacientes (47%) a recorrer à importação dos produtos, com prescrição médica.
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Outros 31% compram os medicamentos em farmácias, enquanto 22% dependem de associações, que desempenham um papel fundamental, especialmente para aqueles que não podem arcar com os custos.
Jonadabe Oliveira da Silva, vice-presidente da TO Ananda, uma associação do Tocantins que apoia pacientes e suas famílias, observou uma mudança na percepção da maconha medicinal, com até mesmo pessoas mais conservadoras reconhecendo sua eficácia e abandonando preconceitos.
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Segundo ele, as pessoas estão superando visões preconceituosas ou de tabu ao verem os resultados em pacientes.
A TO Ananda, que completou dois anos, foi fundada pela atual presidente, que, após anos usando um analgésico forte, decidiu se desintoxicar e descobriu o óleo de cannabis. Ela começou a buscar pessoas com histórias semelhantes.
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A associação, que conta com o apoio da Defensoria Pública e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), planeja ampliar suas parcerias em 2025 com laboratórios e universidades privadas.
A expansão da organização tem dado confiança a Jonadabe, que, além de ser cabeleireiro, está em transição de carreira, estudando o cultivo e o mercado de maconha.
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