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Cientistas anunciaram um avanço promissor no diagnóstico do câncer de próstata: um teste ultrassônico que detecta a maioria dos tumores em apenas 20 minutos. A nova tecnologia tem o potencial de substituir os métodos atuais, que incluem exames de sangue demorados e ressonâncias magnéticas, e pode revolucionar o tratamento da doença.
Pesquisadores da Universidade Heriot-Watt, em Edimburgo, realizaram testes no Western General Hospital da cidade, com resultados considerados extremamente encorajadores. O teste utiliza um corante com microbolhas injetado na corrente sanguínea. Ao chegar na próstata, as microbolhas permitem que um ultrassom de alta resolução identifique alterações no fluxo sanguíneo, sinal de possíveis tumores.
Os testes clínicos preliminares mostraram que a técnica detecta 94% dos tumores de próstata, com um custo equivalente a um décimo do valor da ressonância magnética. Além disso, o método permite biópsias mais precisas e terapias direcionadas para destruir as células cancerígenas.
O método atual, baseado no exame de PSA (antígeno prostático específico), é frequentemente impreciso, resultando em encaminhamentos para ressonâncias magnéticas caras e com longas filas de espera.
Dr. George Papageorgiou, CEO da Less Grey Imaging, empresa desenvolvedora da tecnologia, destacou a importância do novo teste:
“Esta técnica tem o potencial de detectar com confiabilidade cânceres clinicamente significativos. Hoje, muitos pacientes são diagnosticados tardiamente, o que limita as opções de tratamento curativo. Com a integração do ultrassom ao diagnóstico, podemos garantir detecção precoce e decisões médicas mais rápidas.”
A tecnologia recebeu um financiamento de 370 mil libras do grupo governamental Innovate UK.
O professor Alan McNeill, cirurgião urológico do Western General e membro da Prostate Scotland, afirmou que, quando o câncer de próstata é detectado precocemente, enquanto ainda está confinado à próstata, a maioria dos casos pode ser curada.
Gary Tait, presidente do Grupo de Apoio ao Câncer de Próstata de Edimburgo e Lothian, celebrou o avanço:
“Apoiamos totalmente o desenvolvimento desta nova tecnologia, que aumenta as chances de diagnóstico e tratamento mais precoces para mais homens.”
A Sociedade Brasileira de Urologia informou em 2024, com base em dados do Ministério da Saúde, que a doença matou 17 mil homens no Brasil em 2023. Uma média de 47 por dia.
E especialistas preveem que o número de casos no mundo deve duplicar até 2040. Podendo chegar a 2,9 milhões. E o diagnóstico tardio é um fator que reduz as chances de cura e aumenta a letalidade da doença.