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Uma criança de São Francisco, na Califórnia, testou positivo para a gripe aviária H5N1 após apresentar sintomas de conjuntivite, febre e também ser diagnosticada com gripe e RSV (vírus sincicial respiratório), confirmaram autoridades de saúde.
O caso gerou apreensão entre especialistas, que estão investigando como a criança contraiu o vírus. O H5N1, que até o momento infecta principalmente aves, tem despertado a preocupação dos cientistas, que acreditam que o vírus pode evoluir para se espalhar mais facilmente entre seres humanos, o que poderia aumentar os riscos de uma pandemia global.
“O relógio está correndo para que o vírus evolua e passe a infectar mais facilmente os humanos, o que representaria uma grande preocupação”, alertou o Professor Luis Martinez-Sobrido, do Instituto de Pesquisa Biomédica do Texas, conforme relatado pela imprensa local. No entanto, o Dr. Grant Colfax, do Departamento de Saúde Pública de São Francisco, procurou tranquilizar a população, afirmando que “o risco para o público em geral é baixo e não há evidências de que o vírus possa ser transmitido entre pessoas”.
Esse caso acontece poucas semanas após a Califórnia ter declarado estado de emergência devido a um surto de gripe aviária que afetou vacas leiteiras, gerando alguns casos humanos esporádicos. Até agora, foram confirmados 67 casos de gripe aviária em humanos nos Estados Unidos, segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). A maioria dos casos (38) está localizada na Califórnia, com muitos dos infectados tendo tido contato direto com vacas infectadas.
Embora a maioria dos casos tenha apresentado sintomas leves, como conjuntivite e dor de garganta, o caso de um homem de 65 anos na Louisiana, que faleceu no mês passado, foi a primeira morte confirmada pela gripe aviária H5N1 nos EUA. Esse paciente estava infectado com uma cepa diferente do vírus, associada diretamente aos pássaros, o que tende a causar doenças mais graves.
Pesquisadores alertam que uma mutação genética no vírus, descoberta recentemente em um estudo da Scripps Research, poderia permitir que a gripe aviária H5N1 se ligasse às células respiratórias humanas. Isso pode tornar a transmissão entre pessoas mais fácil, por meio de tosse ou espirros, e aumentar os riscos de uma evolução do vírus para uma forma mais contagiosa.
