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Uma nova pesquisa global encomendada pela ResMed revelou uma crise generalizada do sono, afetando milhões de pessoas ao redor do mundo. O estudo, que ouviu 30.026 indivíduos em 13 países, destaca que as mulheres são mais propensas a ter dificuldades para adormecer do que os homens: 38% delas relatam esse problema, em comparação com 29% dos homens.
O levantamento indica que fatores hormonais desempenham um papel significativo na qualidade do sono feminino, especialmente durante a menopausa. Quase metade das mulheres nessa fase da vida (44%) relata dificuldades para dormir pelo menos três vezes por semana, número superior aos 33% das mulheres que ainda não chegaram à menopausa.
Sono de qualidade cada vez mais raro
A pesquisa aponta que, em média, os entrevistados perdem quase três noites de sono restaurador por semana. O estresse (57%), a ansiedade (46%) e as dificuldades financeiras (31%) estão entre os principais fatores que dificultam o descanso adequado. Mesmo cientes da importância do sono para a saúde, muitos não tomam medidas para melhorar sua qualidade de descanso. Segundo o estudo:
- 89% dos participantes acreditam que dormir bem melhora sua qualidade de vida, mas apenas 24% buscam soluções ativamente;
- 22% optam por simplesmente conviver com noites mal dormidas;
- 45% não monitoram seu sono, o que dificulta a adoção de estratégias eficazes para melhorar o descanso.
Impactos na produtividade e relacionamentos
A privação de sono tem reflexos diretos na produtividade profissional e nos relacionamentos pessoais. O estudo revela que:
- 71% dos trabalhadores já faltaram ao trabalho pelo menos uma vez na carreira devido a problemas com o sono, sendo as maiores taxas na Índia (94%), China (78%) e EUA (70%);
- 47% dos trabalhadores sentem que sua saúde do sono não é uma prioridade para seus empregadores;
- 18% dos casais optam pelo “divórcio do sono”, dormindo em quartos separados devido a problemas como apneia e insônia. Desses, 31% relataram melhora no relacionamento, enquanto 30% perceberam piora na convivência.
O alerta dos especialistas
Carlos M. Nunez, Chief Medical Officer da ResMed, alerta que a privação crônica do sono pode levar a consequências graves, como declínio cognitivo, distúrbios de humor e maior risco de doenças cardiovasculares. “O sono é tão essencial quanto a alimentação e o exercício físico, mas milhões de pessoas ainda ignoram sua importância. Precisamos transformar a conscientização em ação para evitar impactos ainda maiores na saúde global.”
