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Ouvir suas canções favoritas pode ser mais do que um simples prazer. De acordo com cientistas, a música tem o potencial de melhorar a memória e até mesmo reduzir o risco ou retardar o desenvolvimento da demência. Pesquisadores americanos indicam que melodias específicas são capazes de evocar uma resposta emocional que, por sua vez, facilita a recordação.
Um estudo conduzido pela Rice University, no Texas, e pela University of California, em Los Angeles, investigou a relação entre música e memória. Os participantes foram expostos a imagens e, posteriormente, ouviram música. Aqueles que tiveram uma reação emocional mais intensa à melodia conseguiram se lembrar melhor das imagens em testes subsequentes.
Kayla Clark, da Rice University, explicou o fenômeno: “Quanto mais emocionais as pessoas ficavam com a música, mais elas lembravam do essencial de um evento anterior. Mas pessoas que tinham respostas emocionais mais moderadas à música lembravam mais dos detalhes dos eventos anteriores.” A equipe destacou que uma resposta emocional moderada à música é crucial para aprimorar a memória, enquanto reações muito fortes ou muito fracas parecem prejudicá-la.
Um Papel Único no Processamento da Memória
Os cientistas da Rice University sugerem que essa resposta emocional pode ser ativamente aproveitada para otimizar a memória. “A música desempenha um papel único no processamento da memória”, afirmaram os pesquisadores.
A neuropsicóloga Dra. Sanam Hafeez, em entrevista ao Daily Mail, corroborou as descobertas, apontando que a música pode ser uma ferramenta eficaz na redução do risco e no possível retardo da progressão da demência. “A música ajuda a acessar memórias e emoções que de outra forma poderiam estar fora de alcance”, disse ela. “Com o tempo, esse tipo de estimulação pode atrasar a rapidez com que os sintomas progridem.”
Especialistas que não participaram da pesquisa também veem as descobertas com otimismo, sugerindo que elas oferecem esperança para pacientes com demência. Sinais precoces da condição, como perda de memória, dificuldades de comunicação e problemas de raciocínio, muitas vezes passam despercebidos.
Além da Música: Estratégias para Reduzir o Risco de Demência
Embora a música se mostre uma aliada poderosa, outras medidas são essenciais para reduzir o risco de demência. Manter uma dieta saudável, praticar atividades físicas regulares, controlar a pressão arterial, parar de fumar, manter-se socialmente e mentalmente ativo, ter boa qualidade de sono, limitar o consumo de álcool, gerenciar o diabetes e tratar a perda auditiva são fatores cruciais.
Para indivíduos já diagnosticados com demência, a música pode ser uma fonte poderosa de sentimentos positivos e um caminho para melhorar o bem-estar. Ouvir ou participar ativamente de atividades musicais – como cantar, dançar ou tocar instrumentos – pode auxiliar na construção e manutenção de relacionamentos, facilitar a autoexpressão, incentivar a recordação e reduzir o estresse. A musicoterapia, em particular, é de grande valor para quem está nos estágios iniciais da demência, pois tem a capacidade de evocar emoções e memórias, proporcionando conforto e conexão.
