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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta segunda-feira que a região do Oriente Médio passará por uma “transformação estratégica” após o confronto direto com o Irã. “Vamos ver um Oriente Médio diferente, uma realidade que não vimos até agora”, declarou em entrevista ao Canal 14, antecipando que a guerra pode aproximar mais países árabes de Israel e expandir os Acordos de Abraão.
Questionado se a derrubada do regime iraniano faz parte dos objetivos de guerra de Israel, Netanyahu adotou uma perspectiva de longo prazo: “Vejo isso de uma perspectiva histórica… Ciro libertou os judeus, e hoje o Estado judeu poderia libertar os persas. Não no sentido de que estamos fazendo isso por eles… No final, eles têm que se levantar, mas estamos criando as condições. E por isso poderia ter consequências”, disse.
Durante a entrevista, o primeiro-ministro assegurou em duas ocasiões que “80% dos iranianos odeiam seu governo”, embora não tenha oferecido respaldo estatístico para essa afirmação. Além disso, classificou o líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, como um “Hitler moderno” e alertou que Israel prevê atacar “instalações adicionais do regime” como parte de sua atual campanha militar.
Trump Ameaça Khamenei e Pede Rendição Incondicional
Paralelamente, o presidente Donald Trump aproveitou a crise para enviar um recado direto à cúpula iraniana durante um evento de campanha. “Sabemos exatamente onde o líder supremo Khamenei está escondido”, disse Trump no domingo à noite em um comício em Las Vegas. “E estamos dizendo a ele: renda-se incondicionalmente ou as consequências serão severas”, acrescentou, sem detalhar se possuía informações de inteligência atualizadas.
Apesar de não ocupar um cargo formal, Khamenei exerce controle final sobre a política externa e militar do Irã, incluindo o programa nuclear. Os comentários cada vez mais incisivos de Trump em relação ao governo iraniano ocorrem depois que ele instou os 9,5 milhões de residentes de Teerã a fugirem para salvar suas vidas, ao mesmo tempo em que encurtou sua visita a uma cúpula internacional para retornar a Washington para conversas urgentes com sua equipe de segurança nacional.
Os comentários sobre Khamenei e os apelos à rendição aconteceram pouco depois de Trump, em uma postagem separada, ter divulgado o “controle total dos céus sobre Teerã”.
Em dias anteriores ao conflito, Trump teria rejeitado um plano apresentado por Israel para matar Khamenei, segundo um oficial americano familiarizado com o assunto. O governo de Trump teria sido informado por Israel sobre um plano crível para eliminar Khamenei, mas a Casa Branca se opôs à medida, preocupada que pudesse inflamar ainda mais o conflito e desestabilizar a região.
(Com informações da AP)
