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Nove funcionários da ONU foram mortos em ataques aéreos em Gaza desde sábado, confirmou a agência da ONU para refugiados palestinos, a UNRWA, nesta quarta-feira (11).
A agência disse que nove funcionários foram mortos em ataques aéreos desde o início do contra-ataque de Israel a Gaza, com vários funcionários mortos na noite de terça-feira.
“A proteção dos civis é fundamental, inclusive em tempos de conflito”, disse Juliette Touma, diretora de comunicações da UNRWA, à Associated Press. “Eles deveriam ser protegidos de acordo com as leis da guerra.”
Os ataques fazem parte de uma contra-ofensiva agressiva dos militares israelenses, depois que o grupo militante palestino Hamas enviou uma série de ataques com foguetes e militantes ao país no sábado em um ataque surpresa, deixando para trás cenas horríveis de aldeias brutalizadas ao longo da fronteira.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou guerra e disse que as Forças de Defesa de Israel (IDF) iriam “operar com força em todos os lugares”.
Na quarta-feira, vários bairros da Faixa de Gaza foram demolidos depois que as FDI atacaram a área com ataques aéreos.
Touma disse à AP que os funcionários da ONU foram mortos em suas casas na Faixa de Gaza. Ela disse que a sede da UNRWA na cidade de Gaza e muitas escolas transformadas em abrigos também foram danificadas.
A Comissão Internacional Independente de Inquérito (CIID) da ONU sobre o Território Palestino Ocupado, incluindo Jerusalém Oriental e Israel, disse na terça-feira que surgiram evidências claras mostrando crimes de guerra sendo cometidos em ambos os lados do conflito.
“A Comissão está seriamente preocupada com o último ataque de Israel a Gaza e com o anúncio de Israel de um cerco completo a Gaza, envolvendo a retenção de água, alimentos, eletricidade e combustível, o que sem dúvida custará vidas de civis e constitui uma punição coletiva”, afirmou em comunicado.