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O juiz substituto da 10ª Vara Federal de Brasília, Ricardo Leite, determinou nesta terça-feira (29), a soltura dos hackers Walter Delgatti Neto e Thiago Eliezer, presos desde o ano passado sob acusação de terem invadido o aplicativo Telegram do telefone celular de diversas autoridades públicas, dentre elas o presidente Jair Bolsonaro, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e procuradores da Lava-Jato.
A lista de alvos de tentativas de invasão feitas pelo grupo incluía autoridades dos Três Poderes, como ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), deputados federais, senadores e até ministros de Estado.
A decisão do juiz substituto determinou a soltura deles por “excesso de prazo”, devido a anulações de audiências ocorridas na ação penal na qual ambos são réus. A Defensoria Pública da União (DPU) havia protocolado um pedido junto ao TRF-1 apontando que não teve acesso a todos os documentos necessários para a defesa, como os acordos de delação premiada firmados por investigados do caso, e pediu a anulação de audiências já realizadas.
Como o TRF-1 concedeu a anulação, o juiz Ricardo Leite teve que remarcar as primeiras audiências e dar novo prazo às defesas para analisar a documentação. A DPU defende outro alvo do caso, Danilo Marques, acusado de auxiliar Delgatti nos crimes investigados. Porém, diante das anulações, o juiz concedeu a soltura de Delgatti Neto e Eliezer por entender que estavam presos de forma preventiva há muito tempo. Delgatti foi preso em julho do ano passado, e Eliezer, em setembro
Ele determinou que eles usem tornozeleira eletrônica e fiquem proibidos de manter contato com os demais investigados do caso. Também ficam proibidos de “acessar endereços eletrôncios pela internet”.