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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversará por telefone com o ditador comunista chinês, Xi Jinping, sobre a guerra na Ucrânia nesta sexta-feira (18). Esta é a 1ª vez em que um diálogo entre os dois para tratar da invasão russa é divulgado publicamente.
Ao anunciar a ligação, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou que os EUA têm “alta preocupação” de que a China possa fornecer à Rússia equipamentos militares para ajudar na invasão da Ucrânia.
O governo norte-americano ainda ressaltou que Biden será “franco e direto” em seu telefonema com o ditador.
Autoridades dos EUA expressam grande preocupação diante da possibilidade de que a China forneça ajuda financeira e militar à Rússia em um gesto de apoio à invasão da Ucrânia. Segundo relatórios de inteligência de Washington, os russos já pediram reforço aos chineses, que estariam considerando fornecer ajuda.
Em uma reunião que durou sete horas em Roma, na Itália, o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, se encontrou com o principal diplomata chinês, Yang Jiechi.
Sullivan alertou sobre “implicações e consequências potenciais” para a China caso o apoio à Rússia esteja próximo.
Não foi a 1ª vez em que o Governo Biden emitiu alertas públicos e privados de que Pequim enfrentaria “consequências terríveis” se fornecer apoio material à guerra do ditador russo, Vladimir Putin.
O mesmo tom foi repetido pelo secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que considerou que a China tem a “responsabilidade” de usar sua influência com o presidente russo para parar a guerra na Ucrânia.
No entanto, Blinken considerou que as posições atuais do governo chinês apontam para um possível apoio à invasão russa. “Em vez disso, parece que a China está se movendo na direção oposta, recusando-se a condenar essa agressão enquanto procura se retratar como um árbitro neutro. Estamos preocupados que eles estejam considerando ajudar diretamente a Rússia com equipamentos militares para usar na Ucrânia”, afirmou.
Sobre a ligação, Blinken garantiu que Biden deixará claro que a China “assumirá a responsabilidade por quaisquer ações que tomar para apoiar a agressão da Rússia e não hesitaremos em impor custos”.