A empresa CrowdStrike emitiu um alerta neste sábado sobre um “possível ator de crimes eletrônicos” que está atacando seus clientes na América Latina. De acordo com um relatório publicado no blog da empresa de cibersegurança, foi detectada a distribuição de um arquivo ZIP malicioso denominado crowdstrike-hotfix.zip, que contém o malware HijackLoader e executa o RemCos ao ser aberto.
A CrowdStrike destacou a importância de que as organizações se comuniquem exclusivamente através dos canais oficiais e sigam as diretrizes técnicas fornecidas pela equipe de suporte para evitar serem vítimas desses ataques.
George Kurtz, fundador e CEO da empresa, advertiu sobre os atores maliciosos: “Sabemos que os adversários e atores maliciosos tentarão se aproveitar de eventos como este. Peço a todos que permaneçam atentos e assegurem-se de interagir com os representantes oficiais da CrowdStrike. Nosso blog e suporte técnico continuarão sendo os canais oficiais para as últimas atualizações”, afirmou.
No contexto descrito pela CrowdStrike, destaca-se que os cibercriminosos estão utilizando um arquivo comprimido em formato ZIP com títulos e diretrizes em espanhol, o que sugere que o ataque está direcionado principalmente aos clientes da CrowdStrike na região da América Latina.
O alerta inclui uma série de recomendações para que as organizações avaliem suas comunicações e assegurem-se de que qualquer instrução ou arquivo recebido provenha de uma fonte verificada. O objetivo dessas ações é proteger dados e sistemas de possíveis compromissos de segurança ocasionados por esses arquivos maliciosos.
Com essa nova ameaça cibernética no horizonte, as empresas e usuários na América Latina devem tomar precauções adicionais para salvaguardar sua infraestrutura digital e manter-se informados através dos canais oficiais de seu fornecedor de cibersegurança.
Companhias Aéreas Retomam Gradualmente Seus Serviços
As companhias aéreas retomaram gradualmente seus serviços neste sábado, um dia após uma falha informática sem precedentes que provocou cenas de caos em aeroportos e afetou também hospitais, companhias ferroviárias e empresas financeiras em todo o mundo.
A falha foi causada por uma atualização defeituosa de um programa antivírus do grupo americano de cibersegurança CrowdStrike Falcon nos sistemas operacionais Windows da Microsoft.
O apagão cancelou voos em diversos aeroportos, onde centenas de passageiros lotaram terminais à espera de saber se poderiam viajar.
Várias companhias aéreas americanas informaram que já haviam retomado suas operações. Na sexta-feira, pelo menos três estados sofreram perturbações em seus serviços de emergência e pelo menos 2.400 voos foram cancelados no país.
“Segundo nossas informações, os voos foram retomados em todo o país, mas ainda há certa congestão”, declarou um representante governamental em uma coletiva de imprensa.
Na Ásia, os aeroportos de Hong Kong, Coreia do Sul e Tailândia anunciaram a retomada de seus serviços de check-in. As operações também voltaram ao normal nos aeroportos da Índia, Indonésia e Cingapura. Os aeroportos de Pequim não foram afetados, informou a televisão estatal chinesa.
Os principais aeroportos da Europa – incluindo o de Berlim, que suspendeu todos os seus voos na sexta-feira – comunicaram que as decolagens e chegadas de aviões estavam sendo retomadas.
No México, as companhias aéreas pareciam ainda enfrentar problemas e os aeroportos de Guadalajara e Monterrey pediram aos viajantes que chegassem com várias horas de antecedência.
Alguns “problemas residuais” que causam atrasos persistem também em Sydney, Austrália, e “cinco voos” operados pela companhia de baixo custo Jetstar no Japão continuarão afetados neste sábado.
A CrowdStrike afirmou que a situação pode demorar alguns dias para voltar ao normal.
