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A Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou que o corpo encontrado em um muro na cidade de Teresópolis pertence a Anic de Almeida Peixoto Herdy, advogada que estava desaparecida desde 29 de fevereiro deste ano. A identidade da vítima foi confirmada por meio de perícia odontológica.
O cadáver foi descoberto na quarta-feira (25) na residência de Lourival Correa Netto Fadiga, que é o assassino confesso do crime. Segundo informações, Fadiga indicou o local onde escondeu o corpo, que estava concretado no muro da garagem de sua casa. O crime ocorreu no mesmo dia em que Anic desapareceu, e Lourival, que era funcionário da família e amante da advogada, afirmou à polícia que aproveitou a obra do muro para ocultar o cadáver.
A defesa de Lourival, representada pela advogada Flávia Froes, revelou detalhes sobre o homicídio em uma entrevista concedida na sexta-feira (27). De acordo com Froes, o réu afirmou que matou Anic em um motel, e que ela se urinou durante o ataque, conforme relatado pela TV Globo. A defesa relatou que Anic foi algemada e levada ao local do crime. Após o assassinato, Lourival teria vestido as roupas da vítima e posicionado o corpo em pé antes de cobri-lo com terra e concreto.
“Era uma algema pertencente à Polícia Civil do Rio de Janeiro, e essa algema estava em uma das mãos de Anic, conforme ele narrou”, explicou a advogada.
Além disso, Lourival indicou à polícia o local exato onde o corpo estava escondido. Em uma entrevista à TV Record, Flávia Froes sugeriu que a morte de Anic foi planejada em conjunto com seu marido, Benjamin Cordeiro Herdy, de 78 anos. O motivo do crime seria uma disputa familiar, mas a defesa de Benjamin refutou a alegação, chamando a confissão de Lourival de “ato de desespero e crueldade”.
Anic, de 54 anos, era advogada e estudante de Psicologia, casada com Benjamin, herdeiro de uma tradicional família proprietária de um renomado grupo educacional no Rio de Janeiro. Ela foi vista pela última vez no dia 29 de fevereiro, saindo de um shopping em Petrópolis. Câmeras de segurança mostraram que ela estacionou, trocou mensagens e saiu do local, mas não foi vista novamente.
No mesmo dia, Benjamin recebeu mensagens de um celular utilizado por Anic, exigindo um resgate de R$ 4,6 milhões e afirmando que a residência da família estava sendo monitorada. As mensagens instruíam que a polícia não fosse acionada. O resgate foi pago em transferências bancárias e saques em espécie nos dias seguintes. A Polícia Civil de Petrópolis foi acionada apenas duas semanas após o desaparecimento, quando a filha de Anic denunciou a situação e gravou uma conversa entre Benjamin e Lourival.
A defesa de Benjamin continua a negar sua participação no crime, que ainda está sob investigação.