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Após uma batalha judicial que durou quase uma década, Yohara Isabelly, moradora do Distrito Federal, conseguiu reverter uma situação inusitada: desde os 7 meses de vida, a criança enfrentava restrições de crédito devido a uma confusão envolvendo o CPF. Em 2023, a Justiça determinou uma indenização de R$ 34 mil para a menina, encerrando o caso.
O problema começou em 2015, quando Isabel de Melo Pontes, mãe de Yohara, tentou abrir uma poupança para a filha. O objetivo era guardar dinheiro para o futuro acadêmico da menina. No entanto, a gerente do banco informou que isso não seria possível, pois o CPF de Yohara estava negativado.
“Minha gerente me disse que não poderia abrir a conta porque minha filha tinha restrição. Yohara tinha apenas 7 meses, nem engatinhava ainda, mas já estava com o nome sujo”, relembra Isabel ao g1.,
Ao investigar, Isabel descobriu que o CPF da filha era idêntico ao de um homem que devia R$ 435 ao banco. A dívida, originada em Goiânia, foi protestada em Brasília no ano de 2013, um ano antes do nascimento de Yohara.
A mãe iniciou uma verdadeira peregrinação para resolver o problema. Após registrar boletim de ocorrência e tentar acordos com as empresas de proteção ao crédito, Isabel recorreu à Justiça.
“Foram anos muito difíceis, parecia que nunca íamos conseguir limpar o nome dela. Cada etapa era um desafio, mas seguimos lutando”, desabafa Isabel.
Segundo o defensor público Márcio Del Fiore, casos como o de Yohara exigem atenção. “O primeiro passo é registrar um boletim de ocorrência. Depois, deve-se buscar a solução diretamente com as empresas envolvidas. Se isso não resolver, a saída é entrar na Justiça.”
Em 2023, o processo foi encerrado, e Yohara recebeu R$ 34 mil de indenização da empresa de cobrança responsável pelo erro. Isabel conta que o valor será utilizado exatamente como planejado inicialmente: garantir o futuro educacional da filha.
“Esse dinheiro vai ficar na poupança dela para pagar a faculdade. Ninguém mexe. Está lá quietinho no banco”, afirma a mãe, aliviada por finalmente encerrar uma batalha que começou antes mesmo de a filha completar um ano de vida.