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Uma operação da Polícia Civil realizada na manhã desta quarta-feira (8) em Manguinhos, na Zona Norte do Rio de Janeiro, resultou em tiroteio dentro do campus da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O confronto deixou quatro suspeitos mortos, segundo informações do delegado André Neves.
Durante a ação, um funcionário da Fiocruz foi preso em flagrante sob a acusação de ajudar traficantes da comunidade a fugirem. A instituição informou que o preso é supervisor de uma empresa terceirizada que presta serviços de vigilância patrimonial. Em nota, a Fiocruz repudiou a prisão, classificando-a como “arbitrária”, e destacou que o funcionário estaria desocupando e interditando áreas do campus.
Uma funcionária da Fiocruz foi atingida por estilhaços durante o tiroteio, mas seu estado de saúde não foi divulgado.
A troca de tiros levou à interdição das avenidas Leopoldo Bulhões e Dom Hélder Câmara, que permaneciam fechadas até por volta das 14h40, quando o trânsito foi liberado. Além disso, disparos atingiram instalações próximas, incluindo a Cidade da Polícia, localizada na região.
Em nota oficial, a Fiocruz lamentou o ocorrido e criticou a realização de operações policiais dentro de seu campus, afirmando que isso coloca seus trabalhadores em risco.
Eis a nota na íntegra da Fio Cruz:
“Ação da Polícia Civil dentro da Fiocruz coloca trabalhadores em risco Na manhã desta quarta-feira (8/1), agentes da Polícia Civil entraram descaracterizados e sem autorização no campus da Fiocruz (campus Manguinhos-Maré), no Rio de Janeiro, para o que seria uma incursão na comunidade de Varginha.
Um projétil atingiu o vidro da sala de Automação, de Bio-Manguinhos, fábrica de vacinas da Fiocruz, e uma trabalhadora recebeu atendimento médico por conta dos estilhaços.
Um supervisor da empresa que presta serviços para a Gestão de Vigilância e Segurança Patrimonial da Fiocruz foi levado pelos policiais. O vigilante fazia o trabalho de desocupação e interdição da área como medida de segurança para os trabalhadores, alunos e demais frequentadores do campus, no momento da incursão policial, e foi acusado de dar cobertura a supostos criminosos que estariam em fuga. Toda a ação da Polícia Civil ocorre de forma arbitrária, sem autorização ou comunicação com a instituição, colocando trabalhadores e alunos da Fiocruz em risco. A Polícia permanece, até o momento desta publicação, no campus da Fiocruz”.